Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA CARLA DE LIMA MELO
DATA: 25/06/2012
HORA: 15:00
LOCAL: A definir
TÍTULO:
"
DO CONTROLE SOCIAL NO CONTEMPORÂNEO:
Algumas inquietações acerca do trabalho social realizado em
um CRAS do interior de Alagoas
DO CONTROLE SOCIAL NO CONTEMPORÂNEO:Algumas inquietações acerca do trabalho social realizado em um CRAS do interior de Alagoas"
PALAVRAS-CHAVES:
O presente texto circula em torno da problemática do controle social no
contemporâneo, tomando a política pública de Assistência Social como um
dispositivo potencialmente atualizador do panoptismo, e a Proteção Social
Básica, executada em certo Centro de Referência da Assistência Social – CRAS -,
como uma tecnologia, por excelência, da vigilância e regulamentação da vida.
Nesse contexto, coloca-se em análise a experiência da pesquisadora enquanto
técnica de psicologia no CRAS de uma cidade do interior de Alagoas, no
período de 2008 a 2010. Para tal, foram elaboradas duas narrativas. Uma, que
descreve os caminhos percorridos pela psicóloga dentro da máquina estatal,
apresentando o modo pelo qual essa experiência se constituiu como a
problemática de pesquisa. E outra, que expõe três casos de atendimentos
realizados nesse CRAS, escolhidos a partir do contrassenso identificado entre a
proposta de Proteção Social Básica de cunho preventivo, protetivo e proativo
que deveria ser executada e a efetivação das práticas que lá se estabeleceram.
Práticas estas, fundamentalmente de controle e judicialização da vida. Visto
que, ao deixar de realizar atividades coletivas de cunho socioeducativo e de
inserção produtiva, tal CRAS acabou por fortalecer uma relação direta com o
Conselho Tutelar do Município. Ao atender casos de violação de direitos,
engendrou certa aproximação com o sistema judiciário e passou a executar
práticas de orientação e vigilância junto às famílias envolvidas. Essa discussão é
fundamentada conceitualmente a partir do pensamento de Michel Foucault,
Jacques Donzelot e Robert Castel. Pensadores que tratam de questões
relacionadas às tecnologias de controle sobre a vida, ao trabalho social como
dispositivo de regulação e à emergência da questão social como um problema
relacionado ao campo socioassistencial e ao sistema de proteções do Estado. Por
fim, fala-se do processo de pesquisa e do impacto causado pela preocupação
com o fazer-escrita no modo de produzir a pesquisa.
trabalho social; Proteção Social Básica; CRAS; controle social; judicialização da vida.
PÁGINAS: 180
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO:
O presente texto circula em torno da problemática do controle social no contemporâneo, tomando a política pública de Assistência Social como um dispositivo potencialmente atualizador do panoptismo, e a Proteção Social Básica, executada em certo Centro de Referência da Assistência Social – CRAS -, como uma tecnologia, por excelência, da vigilância e regulamentação da vida. Nesse contexto, coloca-se em análise a experiência da pesquisadora enquanto técnica de psicologia no CRAS de uma cidade do interior de Alagoas, no período de 2008 a 2010. Para tal, foram elaboradas duas narrativas. Uma, que descreve os caminhos percorridos pela psicóloga dentro da máquina estatal, apresentando o modo pelo qual essa experiência se constituiu como a problemática de pesquisa. E outra, que expõe três casos de atendimentos realizados nesse CRAS, escolhidos a partir do contrassenso identificado entre a proposta de Proteção Social Básica de cunho preventivo, protetivo e proativo que deveria ser executada e a efetivação das práticas que lá se estabeleceram. Práticas estas, fundamentalmente de controle e judicialização da vida. Visto que, ao deixar de realizar atividades coletivas de cunho socioeducativo e de inserção produtiva, tal CRAS acabou por fortalecer uma relação direta com o Conselho Tutelar do Município. Ao atender casos de violação de direitos, engendrou certa aproximação com o sistema judiciário e passou a executar práticas de orientação e vigilância junto às famílias envolvidas. Essa discussão é fundamentada conceitualmente a partir do pensamento de Michel Foucault, Jacques Donzelot e Robert Castel. Pensadores que tratam de questões relacionadas às tecnologias de controle sobre a vida, ao trabalho social como dispositivo de regulação e à emergência da questão social como um problema relacionado ao campo socioassistencial e ao sistema de proteções do Estado. Por fim, fala-se do processo de pesquisa e do impacto causado pela preocupação com o fazer-escrita no modo de produzir a pesquisa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2178496 - MANOEL CARLOS CAVALCANTI DE MENDONCA FILHO
Interno - 1317191 - MARCELO DE ALMEIDA FERRERI
Externo à Instituição - WILSON ALVES SENNE