Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HENIO DOS SANTOS RODRIGUES
DATA: 28/02/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório do NUPEG
TÍTULO: RACISMO SEXUAL, DESPERSONIFICAÇÃO E PRETERIMENTO DA MULHER NEGRA: O AMOR TEM COR.
PALAVRAS-CHAVES: Racismo, Racismo Sexual, Despersonificação, Preterimento, Mulher Negra
PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:
O racismo impacta a vida afetiva e sexual da(o) negra(o), delimitando usos dos seus corpos e sentimentos, sendo estes permeados pela lógica excludente da branquitude. Nela o belo e “namorável” é o branco; e a(o) negra(o) é posto como o “objeto”, “feio”, “animalesco”, que não pode ser amado, sendo excluído da possibilidade de receber afeto. O presente trabalho teve como objetivo investigar o racismo sexual e a despersonificação no processo de produção de preterimento de mulheres negras, bem como, compreender como esse preterimento incide sobra a vida afetiva e sexual dessa mulher. O estudo 1 intentou analisar despersonificação/objetificação das mulheres negras em tarefas de formação de impressões por parte de heterossexuais de sexo masculino. Para tanto, participaram da pesquisa 98 homens com idades entre 18 e 39 anos. Em sua maioria pardos (63,3%), brancos (22,4%) e pretos (14,3%). Os participantes foram submetidos a medidas de associação implícita (T.A.I.) e a Escala de Motivação Interna e Externa para Responder sem Preconceito. Os resultados obtidos confirmam a nossa hipótese de objetificação da mulher negra em relação à branca. No estudo 2 foi investigado a partir de questionário on-line os níveis felicidade, autoestima, satisfação corporal e medo de ficar solteiro de mulheres brancas e negras. Os resultados, não demonstraram efeitos nos índices de bem-estar psicológico, autoestima e medo de ficar solteiras das mulheres em função da cor da pele. O estudo 3 foi de caráter qualitativo, teve como objetivo principal analisar os discursos de mulheres negra frente ao racismo sexual, e a sua possível relação padrões de beleza e estereótipos. A partir de um questionário semiestruturado, 15 mulheres negras, com idade entre 17 e 32 anos foram questionadas acerca da vivência dos fenômenos em suas vidas, bem como, na de terceiros. Os resultados encontrados demonstram que o racismo sexual, padrões de beleza e estereótipos permeiam as relações afetivas e sexuais de mulheres negras, impactando significativamente em sua autoestima, bem-estar e consequentemente em sua vida amorosa.