Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MILENA DE ANDRADE BAHIANO
DATA: 22/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula do PPGPSI
TÍTULO: Transtornos mentais comuns em pessoas sob condição de privação de liberdade
PALAVRAS-CHAVES: Enfrentamento; Depressão; Presidiário; Prisão; Psicologia da Saúde.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:
A presente dissertação buscou investigar o acometimento de sintomatologia depressiva e o uso de estratégias de enfrentamento em pessoas presas pela primeira vez no sistema prisional. Além disso, buscou compreender, a partir da perspectiva da pessoa privada de liberdade, a repercussão de sua primeira experiência na prisão e suas expectativas quanto ao futuro. Para tanto, três estudos foram realizados. O objetivo do primeiro estudo foi uma revisão integrativa da literatura acerca da depressão e fatores associados a sua ocorrência em pessoas presas no ambiente prisional. Nos resultados, viu-se que a ocorrência de depressão foi evidente em todos os artigos avaliados. Os fatores sociodemográficos, institucionais e o apoio social recebido também mantiveram relação significativa com sintomas de depressão na prisão. No estudo dois, objetivou-se analisar, por meio da técnica de evocação livre de palavras e a partir dos termos indutores “prisão” e “futuro”, o modo como os indivíduos já sentenciados (G1) e em regime provisório (G2) percebiam o confinamento. Os resultados indicaram que ambos os grupos percebiam a prisão como um lugar de adoecimento físico e mental. Já o estudo três objetivou investigar a ocorrência de sintomatologia depressiva e analisar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos indivíduos em seu processo de adaptação ao primeiro aprisionamento. Quanto aos resultados encontrados, observou-se que a maioria dos participantes foram identificados pela escala de rastreamento da CESD-R com presença de sintomas depressivos. Verificou-se, também, que os participantes que fizeram uso da estratégia Planejamento tiveram em torno de duas vezes e meia mais chances de apresentarem sintomas positivos de depressão na prisão. Finalmente, espera-se que estes estudos possam vir a contribuir para a minoração de danos à saúde mental das pessoa privadas de liberdade, bem como auxiliar no desenvolvimento de ações voltadas ao incremento de fatores protetivos e a redução de fatores de risco à depressão no ambiente prisional.