Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA PATRICIA DOS SANTOS CRUZ
DATA: 30/05/2014
HORA: 10:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
TÍTULO: "SEXUALIDADE, CONJUGALIDADE E GÊNERO NOS RELACIONAMENTOS DOS JOVENS DO AGRESTE SERGIPANO"
PALAVRAS-CHAVES: Conjugalidade, adolescência, sexualidade
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:
O objetivo deste estudo foi investigar o fenômeno de “fugir de casa” como modalidade de relacionamento afetivo entre os jovens do agreste sergipano. Este trabalho foi dividido em dois estudos, um de caráter exploratório quantitativo e outro de caráter analítico descritivo qualitativo. O Estudo I foi constituído de uma pesquisa tipo survey, faz parte de um projeto nacional chamado “Juventude Brasileira” e o instrumento de coleta de dados foi composto por 58 questões. A amostra foi composta por 168 adolescentes (66,1% do sexo feminino e 33,9% do sexo masculino), com idades entre 14 a 24 anos e média de 17,21 anos (DP=1,84 anos) estudantes de escolas públicas. Os resultados mostraram que os rapazes namoram em média com 1,65 pessoas (DP= 1,08), enquanto que a média de pessoas que as moças namoraram foi de 1,32 (DP= 0,69); os adolescentes do sexo masculino “ficaram” em média com 4,70 pessoas (DP= 4,48) e as do sexo feminino “ficaram” em média com 2,65 pessoas (DP= 2,66); com relação à iniciação sexual os garotos tinham em média 14,94 anos (DP=1,78), enquanto as garotas apresentaram uma média maior, ou seja, 15,63 anos (DP=3,24). O Estudo II tratou de um estudo de casos múltiplos a partir de dados levantados pelo estudo inicial. Foi utilizada uma entrevista semiestruturada com três participantes (de gerações diferentes) que tiveram a experiência de “fugir de casa”. As entrevistadas foram divididas em três faixas etárias: 18 anos, 21 e 32 anos. O roteiro da entrevista averiguou a vida afetivo-sexual das participantes, o(s) motivo(s) que as levou a tomar essa decisão e as consequências desse ato em suas vidas. Os resultados mostraram que o motivo da “fuga” da casa dos pais estava ligado à dificuldade de relacionamento que elas mantinham com os seus genitores e isso era demonstrado através da falta de diálogo entre os genitores e as entrevistadas; como também outro motivo apontado foi o desejo de ter mais liberdade e de experimentar uma forma diferente de viver daquela que tinham morando na casa dos pais. Com relação às consequências da “fuga” as entrevistadas informaram que o relacionamento com os genitores melhorou após elas terem fugido da casa dos pais, com também de uma forma geral as suas vidas melhoraram.