Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS VINICIUS OLIVEIRA SANTOS
DATA: 09/08/2013
HORA: 15:00
LOCAL: Universidade Federal de Sergipe - Auditório de Letras
TÍTULO: Modernidade e desamparo: reflexões a partir da teoria freudiana do social.
PALAVRAS-CHAVES: Modernidade. Esclarecimento. Psicanálise. Desamparo
PÁGINAS: 105
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Papéis e Estruturas Sociais; Indivíduo
RESUMO:
Este trabalho, como o próprio título sugere, tem como escopo discutir as relações entre a modernidade e o desamparo, à luz da teoria freudiana do social, isto é, a partir dos chamados textos antropológicos ou sociológicos que compõem a obra freudiana. Inicialmente, faremos uma apresentação acerca da modernidade, a partir de diferentes perspectivas, e, ademais, formularemos uma breve descrição do que compreendemos como oideário moderno, isto é, o conjunto dos principais pressupostos que definem a modernidade. Em seguida, discutiremos as relações estabelecidas entre a psicanálise, a modernidade e o modernismo, entendido como um movimento de crítica aos pressupostos modernos. Tentaremos, com efeito, problematizar o argumento segundo o qual haveria uma inflexão na leitura freudiana sobre a modernidade que produziria uma ruptura radical com o ideário moderno. Como queremos demonstrar, talvez fosse mais apropriado afirmar o caráter híbrido da teoria freudiana, na medida em que nela se misturam tendências antagônicas, indissoluvelmente entrelaçadas. Doravante, investigaremos o estatuto do desamparo no discurso freudiano. O nosso ponto de partida é a discussão do desamparo no registro biológico, a partir do Projeto de 1895. Ademais, trataremos do desamparo no registro social, enfatizando como tal condição seria resultante da falência da tradição e das concepções pré-modernas, notadamente no que tange ao declínio de uma figura protetora. Nessa concepção, vale dizer, o desamparo seria estrutural e inerente à inscrição do sujeito na modernidade. Abordaremos também a questão dos destinos do desamparo. No cardápio dos procedimentos de regulação do mal-estar indicados por Freud, as ilusões aparecem como uma das possíveis alternativas, ou seja, como um dos caminhos para a busca da salvação. Buscaremos, por fim, evidenciar que as ilusões compõem não apenas o arcabouço das ideias religiosas, mas também enunciados característicos de outras formas de visão de mundo (Weltanschauung), com destaque para alguns sistemas filosóficos.