Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODRIGO DE SENA E SILVA VIEIRA
DATA: 26/04/2013
HORA: 14:00
LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - CAMPUS SAO CRISTOVAO
TÍTULO:
Estereótipos e preconceito contra os idosos.
Estereótipos; Preconceito; Idosos; Idadismo.
Os idosos são um grupo cada vez mais representativo em nossa sociedade. Dados do IBGE mostram que, no ano 2000, havia 14,5 milhões pessoas com 60 anos ou mais no Brasil, ou 8% da população. Em 2010, esses números subiram para 18 milhões, o que corresponde a 12% do total de brasileiros. O crescimento da população idosa viabiliza e intensifica o contato desses indivíduos com os demais grupos sociais, fomentando reflexões sobre o modo como o idoso é concebido e suas implicações nas relações que se estabelecem com ele. Grosso modo, existe uma visão ambivalente sobre essas pessoas em nosso país, onde são associadas positivamente à afetividade e a novos estilos de vida, mas negativamente à decadência e à invalidez. É de nosso interesse aprofundar o modo como essas crenças se organizam, assim como suas implicações no cotidiano. Este trabalho investiga os estereótipos e o preconceito contra os idosos, ou idadismo, fenômenos que possuem especificidades. Primeiramente, envolvem o trato com um grupo de que todos farão parte no futuro, diferentemente das relações observadas no racismo ou sexismo. Em segundo lugar, para além da manifestação aberta, o idadismo pode se camuflar em práticas socialmente aceitas, como a infantilização ou a superproteção dos idosos. Nossa investigação sobre o tema se deu a partir de 2 estudos: um deles averiguou o conteúdo e a organização dos estereótipos sobre os idosos através de um roteiro de entrevista estruturado, além do preconceito explícito por meio de duas escalas; o segundo analisou o preconceito implícito, ou não controlado, através de um experimento no computador. Os resultados apontam para uma fuga das declarações abertas de preconceito, em que a maior parte do conteúdo negativo expressado é atribuída à sociedade; entretanto, quando os respondentes não têm controle sobre suas atitudes, a manifestação do idadismo é clara.