Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCAS DE OLIVEIRA SOUZA
DATA: 16/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: A definir
TÍTULO: PADRÕES EVOLUTIVOS E MODULARIDADE EM ASAS DE ABELHAS CORBICULADAS (HYMENOPTERA; APINAE)
PALAVRAS-CHAVES: morfologia aerodinâmica; plasticidade fenotípica; modularidade; integração; morfologia.
PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia de Ecossistemas
RESUMO:

Estruturas responsáveis pelo deslocamento sofrem restrições evolutivas para a manutenção de padrõesmorfológicos otimizados segundo as demandas funcionais atreladas a aspectos ecológicos e evolutivos das espécies. Dessaforma, estruturas como patas, nadadeiras e asas tendem a integração funcional entre suas partes. Entretanto, no contextomacroevolutivo de um clado a modularidade nessas estruturas pode estar atrelada a diversificação da forma e a novasestratégias de deslocamento. Neste trabalho, reunimos dados morfológicos da asa anterior de 90 espécies distribuídas em 27gêneros pertencentes as quatro tribos de abelhas corbiculadas, utilizando morfometria geométrica e métodos filogenéticoscomparativos para avaliar hipóteses de modularidade e o modo evolutivo das asas e dos módulos encontrados. Realizamos areconstrução da filogenia do clado a partir do gene mitocondrial COI-I com calibração a partir do registro fóssil. A árvoreobtida está de acordo com outros trabalhos moleculares indicando a configuração (E, (A, (B + M))) com Bombini eMeliponini como grupos irmãos, Euglossini como grupo basal seguida por Apini, apoiando a hipótese da eussocialidade tersurgido duas vezes no clado. Os dados morfométricos indicaram uma forte diferença morfológica entre abelhas eussociais (A+ M), solitárias (E) e sociais-primitivas (B). A hipótese de modularidade foi aceita e a região anterior, distal, proximal e oestigma foram identificadas como módulos evolutivos. Essas regiões têm papéis funcionais distintos relacionados a complexaaerodinâmica do voo dos insetos. A força de integração dentro e entre cada módulo indicou fortes constraints paramanutenção dos padrões ótimos estabelecidos nos módulos da borda anterior e da borda distal da asa anterior, bem como arelação funcional entre essas partes, que juntas são responsáveis por boa parte da força de sustentação durante o voo. A forçade integração entre o módulo anterior e distal foi maior que a força entre o módulo anterior e o módulo do estigma, estruturatambém localizada na borda anterior, mas que possui papel funcional distinto, resultando em seu desacoplamento da regiãoanterior como um módulo individual. O tamanho do corpo também demonstrou influência na forma das asas e nas taxasevolutivas do módulo proximal, responsável por distribuir a força da musculatura do tórax na asa. A modularidade evolutivaexplica parte da diversificação morfológica das asas no clado, adaptações distintas nas regiões modulares podem explicardiferenças nas estratégias de voo entre as espécies, que estão ligadas a aspectos ecológicos, genéticos e evolutivos dasespécies, mas principalmente às diferenças de comportamento social. A asa anterior seguiu o modelo de seleção disruptiva noclado, que levou espécies solitárias, social-primitivas e eussociais a três diferentes ótimos adaptativos. O modo de evoluçãodos módulos também está relacionado ao comportamento, que divide as espécies em três grupos sociais ou em dois grupos,considerando o marco da origem da eussocialidade. Nossos resultados apoiam a hipótese da eussocialidade ter surgido duasvezes no clado com a forma da asa evoluindo por meio de seleção convergente em espécies eussociais das tribos Apini eMeliponini.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Diogo Borges Provete
Presidente - 1690189 - EDILSON DIVINO DE ARAUJO
Externo à Instituição - Tiago Mauricio Francoy