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Banca de QUALIFICAÇÃO: HELMA DE MELO CARDOSO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELMA DE MELO CARDOSO
DATA: 27/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Vídeo I - CODAP
TÍTULO: PROFESSORXS UNIVERSITÁRIXS TRANS*: DESESTABILIZAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NO CURRÍCULO DO ENSINO SUPERIOR
PALAVRAS-CHAVES: Currículo. Ensino superior. Normas de Gênero. Professorxs Trans*. Sexualidades.
PÁGINAS: 91
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Permanente
RESUMO:

Esta tese tem como objeto o currículo dos espaços educacionais ocupados por professorxs trans* nas universidades nordestinas, a fim de desvendar suas sociabilidades, resistências e assujeitamentos às normas heterossexuais, partindo de suas narrativas e observação dos espaços de interações com os demais sujeitos da educação. Também enfocando as experiências dessxs professorxs trans* que, a despeito das exclusões das quais são reféns diariamente, conseguem sobreviver no centro e não à margem da sociedade. Com esta contextualização a respeito da inconformidade dos corpos trans* às normas de gênero e a heteronorma entrelaçado ao contexto educativo no nível superior, esta tese tem como objetivo analisar como a presença de professorxs trans* nas universidades gera questionamentos e desestabilizações às normas de gênero, desencadeando negociações no que se refere às discussões e vivências de gênero e sexualidades no currículo do ensino superior. O corpo teórico metodológico que melhor corresponde aos questionamentos desta pesquisa é a teoria pós-crítica, pois abandona o caráter normativo da pesquisa e pensa os fenômenos sociais como múltiplos e heterogêneos. Para essa produção parcial de verdade, me inspiro na cartografia como método diante das narrativas dxs professorxs trans*. Assim, seguindo as pistas da cartografia, acompanhei as professorxs trans* em seu fazer docente, comecei a produzir os passos para me guiar na pesquisa a medida que ia conhecendo o campo, pois nesse método os procedimentos não são definidos a priori, mas de acordo com o caminhar, com a experimentação. Desta forma, a partir do primeiro contato com uma das professoras, comecei a planejar as entrevistas e a produzir meu diário de campo a fim de registrar os discursos acionados no currículo observado, identificar as relações de poder presentes e os tipos de subjetividades produzidas. Nesse texto, foram produzidas análises iniciais a partir das entrevistas realizadas com duas professoras trans* em 2018. Essas professoras enfrentam diariamente questões sobre a abjeção de seus corpos e a produção dos discursos de anormalidade que tornam a luta por direitos mais difícil, pois também são questionadas na sociedade sobre suas humanidades. Discutimos sobre a padronização das identidades e os discursos hegemônicos que nos aprisionam na binariedade dos sexos. Para além das dificuldades, as professoras trouxeram a importância das parcerias estabelecidas com discentes e docentes para superar obstáculos no ambiente inóspito para as pessoas que ousam enfrentar as normas regulatórias de biopoder e de governo dos corpos. Por serem pessoas que historicamente ocuparam as margens da sociedade, suas presenças enquanto professoras no Ensino Superior é causadora de questionamentos, estranhamentos, com potencial para mudanças. Mesmo com todos os obstáculos essas professoras desencadeiam novos padrões de aprendizagem, valorizam a afetividade e respeitam a diferença, trabalhando num currículo produzido nas resistências diárias, na micropolítica, se desviando das diretrizes da macropolítica da educação que busca produzir subjetividades controladas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2046405 - ALFRANCIO FERREIRA DIAS
Interno - 2624229 - LIVIA DE REZENDE CARDOSO
Externo ao Programa - 2465813 - MICHELE DE FREITAS FARIA DE VASCONCELOS
Externo à Instituição - ELZA FERREIRA SANTOS

Notícia cadastrada em: 04/02/2019 14:27
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