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Banca de DEFESA: ISABELA GONÇALVES DE MENEZES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELA GONÇALVES DE MENEZES
DATA: 28/07/2016
HORA: 13:00
LOCAL: Sala de aula do PPGED
TÍTULO: NO SERTÃO DA MINHA TERRA, O SENTIDO DA ESCOLARIZAÇÃO, AS EXPECTATIVAS PROFISSIONAIS E O DISCURSO SOBRE IDENTIDADE E INDIVIDUALIZAÇÕES DE JOVENS RURAIS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS URBANAS
PALAVRAS-CHAVES: Escolarização. Juventude rural. Identidades. Individualizações. Políticas públicas.
PÁGINAS: 346
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Esta é uma pesquisa qualitativa e compreensiva cujo objetivo foi investigar o sentido que jovens rurais dão à experiência de escolarização e ao papel da escola em seu processo formativo, que expectativas escolares e profissionais estão construindo e seu discurso sobre identidade e individualizações. O universo foi constituído de jovens estudantes do último ano do ensino médio regular em escolas públicas, oriundos da zona rural de dois municípios do sertão sergipano: o mais urbanizado e o mais rural, Nossa senhora da Glória e Poço Redondo, respectivamente. Fez-se uso de questionário composto de 122 perguntas fechadas e abertas e, posteriormente, entrevistas e grupos focais, além de fontes secundárias de pesquisa, como estatísticas oficiais e leis pertinentes. A pesquisa de campo foi realizada em três escolas de ensino médio regular, durante o ano letivo 2015, junto a um total de 80 jovens rurais, a partir das quais pode-se concluir que: os pais apoiam seus filhos para que vão à escola e almejam que cursem uma faculdade; mas, mesmo se não apoiados, os jovens demonstram a pretensão de continuar os estudos em nível superior. Para eles a escola é vista como uma passagem para uma profissão que lhes conceda status e renda melhores do que na agricultura. O jovem rural até cogita permanecer no campo, mas não necessariamente como agricultor, pois, em relação aos planos após a finalização da escola média, nenhum respondeu espontaneamente o desejo de ser um agricultor. Um percentual elevado gosta do campo, mesmo assim, fica dividido entre sair e ficar. Os que tencionam ficar gostam do sossego e da tranquilidade do campo, enquanto aqueles que pensam em sair alegam a busca de melhoria de vida e a oportunidade de emprego urbano; porém, sair não significa rejeição ao meio rural e seu modo de vida. A maioria não pensa em ir embora do sertão, mas, dos que assim pensam, boa parte não sabe ou não respondeu para onde. Em relação à profissão desejada pelos pais, alguns não se mostraram de acordo e outra parte indicou que escolheria a profissão que quisesse; demonstrando atitudes relacionadas ao conceito de individualização. Parte considerável se mostra em situação de incerteza, sobretudo pelos relatos de possíveis dificuldades de cursar uma universidade ou de começar a trabalhar; assim, adiam os planos de casamento para depois da finalização dos estudos em nível superior ou quando tiverem um emprego. A maioria dos inquiridos gostaria de ter uma empresa ou trabalhar por conta própria. O cenário predominante é de famílias em situação de pobreza, fato que dificulta as expectativas juvenis de cursar o nível superior. A maioria tem referências de identidade da produção rural, mas, o fato de cursarem o ensino médio em escolas urbanas resultou em mudanças. Acerca das expectativas diante do futuro tendo como referência a vida dos pais, nenhum jovem indicou que terá uma vida pior e a maioria espera ter uma vida melhor que a dos progenitores. Quanto a se sabem exatamente o que querem, os alunos foram bastante moderados e não foram poucos os que afirmaram ser inútil fazer projetos. A maioria não trabalha, mas participa, ou já participou, de programas de transferência de renda para famílias de baixa renda; desses, apenas três moças administram o recurso recebido. Os jovens pesquisados parecem mais se aplicar a uma individualização passiva, pois aceitam ou rejeitam as oportunidades que se apresentam, com futuro incerto, escolhas reversíveis, oportunidades em constante mutação e biografias construídas por micro decisões.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1452920 - ANA MARIA FREITAS TEIXEIRA
Interno - 731.071.581-00 - BERNARD JEAN JACQUES CHARLOT
Externo à Instituição - ELZA FERREIRA SANTOS
Externo à Instituição - MARIA DE ASSUNÇÃO LIMA DE PAULO
Presidente - 1227719 - PAULO SERGIO DA COSTA NEVES

Notícia cadastrada em: 07/07/2016 10:54
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