Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: INGRID CRISTIANE PEREIRA GOMES
DATA: 04/07/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: "PERFIL METABÓLICO DA MASSA ÓSSEA E MARCADORES INFLAMATÓRIOS DE ADULTOS COM ANEMIA FALCIFORME"
PALAVRAS-CHAVES: Anemia falciforme; Doenças Ósseas Metabólicas; Inflamação;
Citocinas;
PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:
A anemia falciforme (AF) tem a inflamação envolvida em sua fisiopatologia eapresenta, dentre diversas complicações, alterações osteometabólicas. O papel dainflamação no envolvimento ósseo na AF ainda é pouco estudado na literatura. Opresente estudo objetivou avaliar a relação entre marcadores inflamatórios e alteraçõesosteometabólicas em adultos com AF. Foi realizado um estudo transversal, analítico econtrolado, com 55 adultos com AF, em condição clínica estável, com média de idadede 26,5 (± 5,2) anos e 60 controles saudáveis, com idade média de 28 (±4,9) anos. Osparticipantes foram submetidos à aplicação de questionário sobre dadossociodemográficos e clínicos, nível de atividade física, recordatório alimentar paraestimar a ingestão diária de cálcio, avaliação antropométrica, laboratorial, com dosagensde índices hematimétricos, marcadores de hemólise, do metabolismo ósseo einflamatórios, além da densitometria óssea, para avaliação da densidade mineral óssea(DMO). O grupo AF apresentou menores peso e IMC e maiores níveis dos marcadoresinflamatórios DHL, PCR, IL-1β, IL-6, IL-10 e TNF-α, menores da IL-8 que o grupocontrole, sem diferença nos níveis de sTREM-1. Os indivíduos com AF tambémapresentaram maiores níveis de marcadores de remodelação óssea, fosfatase alcalina eCTX, além de maior prevalência (50%) de insuficiência/deficiência de vitamina D emenor DMO na coluna lombar, sítio mais acometido, que os controles. Na análise decorreleção da DMO do grupo AF com as variáveis estudadas, observou-se correlaçãopositiva da DMO do colo do fêmur com peso e altura, da hemoglobina e hematócrito(HT) com as DMOs da coluna lombar e colo do fêmur, e negativa do fósforo com aDMO da coluna lombar. Não se observou correlação das DMOs com os marcadoresinflamatórios. Na análise de regressão linear múltipla, verificou-se que somente o HT eos reticulócitos apresentaram relação direta com a DMO da coluna lombar e, no modelopor grupos de variáveis, relação positiva do HT e negativa do fósforo com a DMO dacoluna lombar. Tais achados não corroboram a hipótese de que a inflamação é fatordeterminante para a DMO e reforçam a ideia de que a redução da DMO nessapopulação deve-se à própria anemia hemolítica que caracteriza AF.