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Banca de QUALIFICAÇÃO: YASKARA VERUSKA RIBEIRO BARROS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: YASKARA VERUSKA RIBEIRO BARROS
DATA: 28/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma virtual a definir
TÍTULO: ESTUDO IN VITRO E IN VIVO DO POTENCIAL BIOLÓGICO DA APITOXINA
PALAVRAS-CHAVES: Caenorhabditis elegans. Câncer de mama. Citotoxicidade. MDA-MB-231. Veneno de abelha. Vírus Chikungunya.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O veneno produzido pelas abelhas Apis mellifera, denominado apitoxina, é um
líquido transparente, incolor, hidrossolúvel, composto principalmente por uma
mistura de peptídeos e aminas ativas. Esse produto natural tem sido utilizado no

tratamento de diversas doenças, devido ao comprovado efeito analgésico, anti-
inflamatório, antimutagênico, radioprotetor, antitumoral e antimicrobiano. Pela sua

composição química diversificada e os diferentes efeitos biológicos apresentados, a
apitoxina representa um recurso natural valioso e pouco explorado de componentes
bioativos, que podem ser utilizados na bioprospecção. Dessa forma, o objetivo desse
trabalho foi avaliar a atividade biológica da apitoxina em modelos experimentais in
vitro e in vivo. A coleta da apitoxina foi realizada através de um coletor elétrico em
apiário localizado no Nordeste do Brasil. A atividade antibacteriana e antifúngica
contra patógenos de importância clínica foi determinada. A atividade citotóxica in
vitro deste produto foi verificada na linhagem de adenocarcinoma mamário humano
(MDA-MB-231) e contra macrófagos (J774 A.1). A avaliação da atividade antiviral da
apitoxina e da melitina, seu principal constituinte, foi realizada contra o vírus
Chikungunya (CHIKV). Os parâmetros toxicológicos da apitoxina foram investigados
utilizando o nematódeo Caenorhabditis elegans (C. elegans). Até onde sabemos,
este é o primeiro estudo que investiga os efeitos da apitoxina contra o C. elegans e
da apitoxina e melitina frente ao CHIKV. Os testes antimicrobianos foram realizados
pelo método de difusão em disco. Os ensaios de citotoxicidade foram avaliados pelo
método do MTT. Vermes na fase larval L4 foram expostos por três horas à diferentes
concentrações de apitoxina, sendo avaliada a sobrevivência dos nematódeos,
alteração de parâmetros comportamentais, translocação do fator de transcrição
DAF-16 e a expressão in vivo da superóxido dismutase. A apitoxina não apresentou
atividade antibacteriana ou antifúngica nas concentrações utilizadas contra os
microrganismos testados. Entretanto, ela demonstrou uma promissora atividade
antiviral in vitro (CI50 = 0,87 μg/mL) contra o CHIKV. A melitina testada também foi
efetiva contra o CHIVK (CI50 = 1,1 μg/mL). A apitoxina inibiu significativamente a
proliferação de células MDA-MB-231 (CI50 de 1,56 μg/mL após 72 horas de
incubação) e mostrou um efeito citotóxico significativo nos macrófagos. Os
resultados obtidos no presente estudo também demonstram os efeitos tóxicos da
apitoxina sobre a sobrevivência do C. elegans, sendo observada uma relação
concentração-dependente. Ela também afetou o comportamento alimentar dos
vermes, aumentou o período entre as defecações, diminuiu o movimento, reduziu a
capacidade reprodutiva dos animais e aumentou a translocação de DAF-16 para o
núcleo, embora não tenha aumentado a expressão da superóxido dismutase. Com
os resultados obtidos, é possível afirmar a potencialidade biológica da apitoxina e da
melitina. Entretanto, devido aos seus efeitos tóxicos como indução de reações
alérgicas, a utilização da apitoxina como estratégia terapêutica deve ser melhor
investigada. O desenvolvimento de medicamentos de liberação controlada a fim de
melhorar a eficácia e a segurança deste produto natural deve ser intensificado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2445308 - ADRIANO ANTUNES DE SOUZA ARAUJO
Externo à Instituição - JULIANE CABRAL SILVA
Externo à Instituição - Letícia Anderson Bassi

Notícia cadastrada em: 19/07/2021 15:45
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