Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO SOUZA MENDONÇA
DATA: 31/05/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Formato Remoto - ConferênciaWEB RNP (Plataforma CAFe)
TÍTULO: VIVÊNCIAS EM REDE DAS CATADORAS DE MANGABA. AVANÇOS E DESAFIOS NO TRABALHO DAS MULHERES NA CATA DA MANGABA EM SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Trabalho extrativista; Mulheres catadoras de mangaba; Rede Solidária de Mulheres de Sergipe.
PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:
A dissertação analisa os avanços e desafios das mulheres extrativistas catadoras de mangaba participantes do Projeto “Rede Solidária de Mulheres de Sergipe”. Metodologicamente, tratou-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, com recurso a fontes documentais e empíricas, por meio de realização de grupos focais. A análise, amparada no materialismo histórico-dialético, teve como marco referencial a realização dos I e II Encontros de Catadoras de Mangaba de Sergipe, realizados em 2007 e 2009, e a participação das mulheres nos grupos focais, em 2024. Os encontros permitiram às mulheres sua autoidentificação como catadoras de mangaba, o que possibilitou a construção de uma identidade e um processo de luta coletiva para efetivação de direitos como trabalhadoras. Os avanços e os desafios na trajetória coletiva das catadoras de mangaba são observados a partir das contradições inerentes à realidade e as correlações de foças que impulsionaram a constituição da sua identidade como sujeitos sociais em luta por direitos. À realização grupo focal com mulheres representantes de cinco associações de catadoras de mangaba, examinou-se as estratégias de luta coletiva pelo direito de permanecer na cata da mangaba como um processo de trabalho. Os resultados trazem a percepção dessas mulheres sobre aspectos transformadores do trabalho na cata da mangaba em Sergipe, tendo como pano de fundo a realidade descrita nos anais dos encontros estaduais. Reflete, também sobre a contribuição da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe nessa trajetória. Conclui-se que, na trajetória da organização coletiva para o trabalho da cata de mangaba em Sergipe, a participação das mulheres das associações de catadoras de mangaba permitiu a quebra de barreiras contra a invisibilidade do trabalho na cata de mangaba frente à lógica do capital, ao tempo que se deparou com o descaso de governamental em relação a conquista de direitos sociais.