Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELAINE DE JESUS SOUZA
DATA: 15/12/2014
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório de Geografia
TÍTULO: Diversidade sexual e homofobia na escola: As representações sociais de educadores/as da educação básica.
PALAVRAS-CHAVES: Diversidade Sexual; Homofobia; educadores/as e representações sociais.
PÁGINAS: 242
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:
As representações que educadores/as possuem acerca das práticas homofóbicas influenciam a (des)construção de atitudes preconceituosas e discriminatórias que são manifestadas na instituição escolar e acabam ocasionando diversos outros tipos de violências em toda a sociedade. Dessa forma, o silenciamento e/ou a negação das múltiplas orientações afetivo-sexuais que permeiam a escola contribuem para o enaltecimento dos preconceitos. Todavia, é inegável que, na maioria dos casos, os/as docentes acabam se omitindo, ao invés de adotarem posicionamentos contrários a tais violências, devido à carência desses temas na formação docente e as normatizações socioculturais e religiosas que delimitam suas representações sociais. Assim, o principal objetivo dessa pesquisa qualitativa foi analisar as representações sociais de educadores/as acerca da diversidade sexual e da homofobia, visando compreender de que forma tais representações podem influenciar e/ou contribuir para a (des)construção de preconceitos e discriminações que perpassam o ambiente escolar. Por conseguinte, empregou-se o método de análise de conteúdo categorial temática e foi elaborado um instrumento constituído por entrevistas e questionários semiestruturados respondidos por 17 docentes de duas escolas da educação básica de um município de Sergipe. Os resultados obtidos evidenciaram que as representações sociais da maioria dos/as educadores/as são pautadas em inúmeras dúvidas e contradições acerca das temáticas diversidade sexual e homofobia devido ao desconhecimento em decorrência da carência desses temas na formação inicial e continuada, e a outras questões que impedem a busca de (in)formação, tais como as convenções religiosas, contribuindo com a manutenção dos preconceitos sutis e manifestos inseridos nas práticas homofóbicas que permeiam o espaço escolar. Bem como, a maioria dos/as docentes relatou situações de preconceitos e discriminações ocorridas na escola, tais como piadinhas, apelidos pejorativos, exclusões, ameaças, que compõem a homofobia indireta. Assim, comportamentos diferentes do padrão heteronormativo geram violências contra indivíduos que são ridicularizados, marginalizados e julgados no próprio ambiente escolar (e na sociedade de modo geral). Portanto, ao desvelar as representações sociais (concepções e vivências) de educadores/as acerca da diversidade sexual e homofobia, alerta-se para a necessidade de (in)formações precisas e atualizadas acerca de tais temas. Para que os/as docentes possam questionar os padrões heteronormativos, compreender, reconhecer e aceitar as identidades sexuais e de gênero, desconstruindo preconceitos e acolhendo efetivamente essa diversidade de indivíduos que integra a escola.