Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOYCE THAYANE DA CONCEIÇÃO DOS SANTOS
DATA: 11/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do DComp
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE APÓS UM ANO DA
VACINAÇÃO COM CORONAVAC EM IDOSOS E PROFISSIONAIS EM INSTIUIÇÕES DE
LONGA PERMANÊNCIA
PALAVRAS-CHAVES: SARS-CoV-2. Vacinas. Imunossenescência. COVID-19.
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
A COVID-19 (coronavirus disease - 2019) causada pelo vírus SARS-CoV-2 (SíndromeAguda Respiratória Severa do Coronavírus-2) apresenta quadros leves na maioria doscasos. Todavia, grupos de risco como idosos e indivíduos com comorbidades estãorelacionados aos casos mais graves da doença e maiores taxas de mortalidade. Com intuitode controlar a pandemia, institutos de pesquisa do mundo investiram no desenvolvimentode vacinas, de modo que o indivíduo vacinado apresente memória imunológica para oSARS-CoV-2, reduzindo as formas graves da doença. Os testes iniciais com vacinas foramrealizados com grupos controlados e ainda não se sabe exatamente como será ocomportamento da vacinação a médio e longo prazo, principalmente nos idosos. Estetrabalho teve como objetivo avaliar a imunidade humoral mediante a produção de anticorpostotais e neutralizantes, e a imunidade celular por meio da análise de linfócitos T conferidaum ano após vacinação em idosos em profissionais de instituições de longa permanênciade Sergipe. A imunidade humoral foi avaliada empregando o imunoensaio de fluorescência(FIA), na quantificação dos anticorpos IgG e IgM totais, e IgG neutralizantes. A imunidadecelular foi avaliada nas células mononucleares separadas com a finalidade de avaliar aprodução de células T de memória, utilizando a técnica de imunofenotipagem por citometriade fluxo. Foram realizadas análises de 179 indivíduos, sendo 139 idosos e 36 profissionaisde oito ILPIs de Sergipe. A maioria dos indivíduos analisados foram do sexo feminino(64%); sendo a média de idade de 79,4 anos para os idosos e 42 anos para osprofissionais, indicando grupos com características etárias distintas (p <0,00001).Observou-se que a média dos testes de anticorpos neutralizantes anti-SARS-CoV-2 foisemelhante nos dois grupos, demonstrando que as células do sistema imune dos idososdesenvolveram uma resposta robusta ao vírus SARS-CoV-2, obtendo menor probabilidadede desenvolver a doença em sua forma mais grave. Os anticorpos IgM foram positivos emaproximadamente um terço dos idosos e um quarto dos profissionais; e os IgG em 85% dosidosos e 94,4% dos profissionais. O anticorpo IgG é produzido em uma fase mais tardia daresposta imune, fazendo parte da memória imunológica e proporcionando uma respostaimune mais rápida nos próximos contatos com o vírus. Foi também realizada uma análise longitudinal: 90 dias e 360 dias após a vacinação, sendo que no último período todos os idosos tinham sido vacinados com a dose de reforço da vacina. Na comparação dos dois períodos observou-se que a presença de anticorpos neutralizantes e de anticorpos IgG foi maior no D360, sugerindo efeito benéfico da dose de reforço na vacinação. Conclui-se com que trabalho que não houve diferença significativa na resposta imune entre os grupos de idosos e profissionais, sugerindo eficácia da vacinação independentemente da idade, e possíveis efeitos benéficos das doses de reforço da vacina na produção de anticorpos e durabilidade da resposta imune.