Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIANA LISBOA DA SILVA
DATA: 29/05/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGEO, Didática II, 1º andar
TÍTULO: A QUESTÃO DO TRABALHO PRECARIZADO NOS TERRITÓRIOS DO
TURISMO LITORÂNEO NO NORDESTE: dilemas e contradições
PALAVRAS-CHAVES: trabalho precarizado, territórios do turismo, maritimidade, crise do trabalho.
PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:
A precarização do trabalho é um fenômeno que acontece globalmente, derivando-se da crise do trabalho com suas raízes na crise estrutural do sistema capitalista. Nessa nova configuração, o papel do trabalho vem sendo secundarizado, ao passo que dentro da produção e reprodução de capital está também escanteado quando se aborda a geração de valor. Tratando-se da pesquisa em tela, a análise a ser realizada, está pautada na precarização das formas de trabalho realizadas em ambientes onde o turismo litorâneo se faz presente, atrelada a uma ideologia empreendedora que garante a perpetuação desses postos de trabalho, criando no imaginário de muitos a ideia de que residindo no litoral só não trabalha quem não quer, isso porque na ótica de quem possui tal mentalidade, não falta trabalho para quem realmente deseja trabalhar. É a partir dessa realidade que a pesquisa tem como objetivo “analisar a reprodução do trabalho precarizado e fragmentado no Litoral Norte do estado de Alagoas, e sua imposição como estratégia de sobrevivência para a população de baixa renda”. Compreendendo que, existe uma estrutura previamente estabelecida para que determinada classe social seja a maioria ocupando as atividades que dependem diretamente da prática turística, tendo o Estado moderno como agente direto na manutenção e disfarce dessa estrutura. Além dessa análise, será abordado também como o turismo determina a organização espacial no litoral, gerando assim organização espacial e promovendo territorializações inexistentes antes da atuação do turismo, influenciando na dinâmica local, modificando o acesso que as comunidades de marisqueiros e pescadores sempre tiveram ao mar e a praia, uma vez que a privatização dos espaços obriga que sejam traçadas novas rotas para acessá-los.