Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANE CRISTINE HERMINIO CUNHA
DATA: 28/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google meet
TÍTULO: APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES DAS CRIANÇAS COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
PALAVRAS-CHAVES: Aluno com autismo. Funções mentais superiores. Inclusão escolar. Práticas educativas.
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Ao longo das últimas décadas, as políticas e práticas educacionais alinharam-se ao enfrentamento da exclusão dos grupos em situação de vulnerabilidade. Dentre os grupos vulneráveis, está o das pessoas com transtorno do espectro autista, alvo desta pesquisa. Este trabalho analisa o processo de aprendizagem e desenvolvimento das funções mentais superiores de 2 (dois) alunos com autismo, e a inclusão em sala de aula comum, em duas instituições de ensino na cidade de Cajazeiras – PB. Para tanto, propõe a intervenção em duas escolas, orientada pelos princípios histórico-culturais, tomando Vigotski como autor principal. Sua vinculação com a matriz demarca o entrelaçamento entre as dimensões histórica, cultural, social e semiótica para se pensar o sujeito. Metodologicamente constitui-se como uma pesquisa qualitativa, aplicada, do tipo descritivo-analítica, e de intervenção. Para refletir sobre os processos vividos na escola, utiliza, também, a microgenética, vinculada à matriz histórico-cultural, com um olhar especial para o funcionamento intersubjetivo. A intervenção se deu em dezembro de 2021 e nos meses de fevereiro, março, abril e maio de 2022. Ao todo, foram 150 encontros desde o início do processo de coleta até a ação final. No início do processo, as crianças apresentavam dificuldades em várias funções mentais, como atenção, concentração, planejamento mental, linguagem, interação e percepção. Após o processo de intervenção, destacam-se como resultados: as atividades lúdicas impactaram positivamente na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças comautismo; as crianças desenvolveram funções mentais, como atenção, planejamento, linguagem, dentre outras; houve uma ampliação na participação e na interação social; diminuição de alguns sintomas, que, desde sempre, foram associados ao autismo, a exemplo das estereotipias, do isolamento, do retraimento, da aversão ao contato físico e da fala robotizada; maior aproximação das professoras com esses alunos; planejamento de sala de aula mais adequado às necessidades pedagógicas dos infantes com autismo. Por fim, o trabalho aponta que ações colaborativas entre universidade e escola podem produzir espaços potentes pedagogicamente, e que fomentem a participação e interação social de alunos com deficiência, seus pares e professores, colaborando com a construção de uma educação efetivamente para todos e de uma sociedade inclusiva.