Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAUL FELIPE SILVA RODRIGUES
DATA: 18/11/2020
HORA: 15:00
LOCAL: A DEFINIR
TÍTULO: DIVERSIDADE NO DISCURSO DA EDUCAÇÃO A PARTIR DA (IN)CLASSIFICAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS ESCOLARES
PALAVRAS-CHAVES: Histórias em Quadrinhos. Gênero. Discurso. Educação.
PÁGINAS: 80
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
O presente texto disserta sobre diversidade no discurso da diversidade a partir da (in)classificação de Histórias em Quadrinhos – HQs – do Programa Nacional Biblioteca na Escola – PNBE. Aqui, a (in)classificação dos quadrinhos se dá na potência problemática entre o endereçamento infanto-juvenil desse tipo de leitura e sua ausência de Classificação Indicativa – CI. Trata-se de um estudo inspirado nas possibilidades teórico-metodológicas do pós-estruturalismo, dos estudos culturais e foucaultianos. Em sendo assim, busca utilizar as ferramentas e procedimentos metodológicos da análise do discurso de Michael Foucault na investigação desses artefatos culturais. A fim de compreender, nesses enunciados educacionais, como são construídos os sentidos de diversidade e quais os possíveis efeitos da (in)classificação nos quadrinhos. Por isso, na escrita desta dissertação são utilizadas metáforas de RPG – RolePlay Game. O principal argumento para as metáforas consiste no fato de que apenas os Livros de RPG, com ou sem imagens, são obrigados a possuir classificação indicativa padronizada. Outrossim, para o Ministério da Justiça, órgão responsável pela CI, o conceito de obra audiovisual classificável contempla as HQs, mas sua classificação não acontece. Dito isto, a análise da diversidade a partir da problemática demonstra que há quadrinhos escolares que mais parecem endereçados ao público adulto, o que leva a crer que se trata de uma questão de práticas discursivas. Ao que parece, ao menos no contexto do PNBE, os enunciados quadrinistas só são para crianças e adolescentes quando reproduzem determinados discursos sobre diversidade. Além disso, ao tratarem de diversidade, por vezes, desconsideram a relação interseccional de entre categorias como gênero, sexualidade, raça, classe, religião e, especialmente, no caso da educação, com a categoria geracional. O que demonstra, no caso dos artefatos culturais analisados, a participação da (in)classificação como uma estratégia exercida através de relações de poder na constituição do sujeito escolar para a sociedade. Daí a urgência para que esses e outros enunciados escolares sejam criticados, desconstruídos e problematizados.