Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA FERREIRA FERRO
DATA: 27/02/2018
HORA: 15:00
LOCAL: A definir
TÍTULO: A PRESENÇA/ AUSÊNCIA DO ÍNDIO NA PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE: entre tensões e o direito de seguir para além da aldeia
PALAVRAS-CHAVES: Pós-Graduação/ UFS. Povos Indígenas. Políticas Públicas. Ações Afirmativas. Inclusão
PÁGINAS: 145
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Este trabalho tem como objetivo compreender, a partir das legislações, decretos, portarias, regimentos, atos normativos e demais documentos da UFS relacionados ao objeto, qual o lugar do indígena no interior desta Universidade, valendo-se dos falares dos próprios indígenas. Em todo momento o indígena ocupa o centro do palco, entendendo-o como sujeito ativo de todo seu processo histórico, social e educacional. Em todo (re)canto deste mundo guarda sua “ impressão digital” e a marca do seu “calcanhar no topo dos arranha-céus”. Compreender que os espaços Universitários também pertencem aos indígenas é o mote e o fim do presente trabalho. O indígena é seu sujeito principal. Sujeito de direitos. Sujeito e autor de um campo aberto de discussão, de pesquisa, de descobertas, de conquistas. Pesquisador, seja principiante, seja veterano, que e se vale das letras como caminho para efetivação dos seus direitos dentro das políticas públicas. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo e se valeu de entrevistas semiestruturadas com indígenas e com um representante da Universidade eleita para o presente estudo. O marco teórico sustenta-se nos conceitos de dialogismo, polifonia e presumido presente em obras Bakhtinianas (2002; 2005; 2006; 2009; 2012; 2013), nas ideias de Vygostsky, nos pressupostos ontológicos e sócio históricos de Marx, no conceito de Práxis abordado por Vásquez e na análise crítica do discurso, a partir dos estudos de Fairclough (2001). Parte-se da ideia que a UFS está em processo de reconhecimento desses grupos minoritários que começam a se fazer presente nos seus espaços. Os resultados demonstram, até aqui, que a UFS ainda não está aberta para as minorias que adentram seus murros, embora tenha recentemente aprovado a política de ações afirmativas em reunião do Conselho do Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPE). A problemática maior, porém, refere-se a falta de financiamento que garanta o acesso com permanência e conclusão. Observou-se, ainda, que tanto a demanda quanto o interesse do indígena em cursar um curso de Pós-Graduação existe. A falta, porém, de orientação e financiamento, de uma Universidade que contemple as especificidades da cultura indígena na sua matriz curricular, se torna uma barreira para a inclusão do indígena nessa etapa de formação, o que mostra que seu lugar ainda é (in)visível para não dizer acanhado, apequenado ou até (in)existente.