Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GISELIANE MEDEIROS ALMEIDA
DATA: 23/01/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de aula do ppged
TÍTULO: AS INVISÍVEIS DO CÁRCERE: INTERFACES IDENTITÁRIAS DE MULHERES APRISIONADAS.
PALAVRAS-CHAVES: Gênero. Educação. Identidade. Presidio Criminalidade feminina.
MEMBROS DA BANCA:
PÁGINAS: 204
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta pesquisa objetiva analisar o processo de construção histórica de subjetividades/identidades de mulheres presas do Conjunto Penal de Paulo Afonso (BA), destacando a diversidade de experiência e invisibilidade da condição do público feminino comparativamente ao público masculino prisional. Os pressupostos epistemológicos da metodologia qualitativa de inspiração pós-crítica, constitui o norte teórico da compreensão das categorias gerais de produção dos saberes (conhecimentos, verdades, relações de poder e discursos) referente a gênero, educação e criminalidade, atribuindo-se especial destaque a voz das mulheres (a construção de identidade e modos de subjetivação). Foram consultadas várias fontes de informação e instrumentos de coleta de dados: observação participante, registro em diário de campo, entrevistas semiestruturadas realizadas com 15 mulheres e 5 homens no sistema prisional estudado. A revisão da literatura concernente à criminalidade feminina expõe a exiguidade de estudos e pesquisas sobre o tema comparativamente à criminalidade masculina, particularmente no âmbito educacional. A análise textual discursiva desvela dimensões das relações de gênero, vivências desvantajosas de uma intimidade forjada, enclausurada por relações de poder, grades de ferro e paredes no cárcere. As histórias de vida descobrem episódios de violência, paixão, medo, dor e sofrimento. O sistema prisional intercala gênero e educação aos processos educativos em sentido amplo, diversificado atingindo os espaços escolares e não escolares. Em contrapartida ambos os cenários educativos refletem a perspectiva binária de gênero (classe, raça, idade/geração orientação sexual) estabelecendo padrões e modos de ser e viver enquanto mulher ou homem na sociedade. Neste contexto emergem questões sobre as diretrizes da Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional (PNAMPE) com vistas à humanização das condições de atendimento, garantia dos direitos e dignidade, assistência jurídica gratuita, oportunidades de qualificação, para que as apenadas possam vislumbrar um futuro sem discriminações. Por fim, é meritório destacar que em lugar de fechar parênteses, e apresentar conclusões fechadas, destacamos a sensação de ter tocado e atingido o centro e objeto desta pesquisa, que diz respeito às mulheres presas.