Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARTHA MORAIS MINATEL
DATA: 24/02/2017
HORA: 16:30
LOCAL: Sala de aula do PPGED
TÍTULO: MENORES LOUCOS E IDIOTAS: INSTITUCIONALIZAÇÃO E EDUCABILIDADE DA INFÂNCIA ANORMAL EM SERGIPE (1940-1979)
PALAVRAS-CHAVES: História da Educação. Infância Anormal. Psiquiatria. Instituição psiquiátrica.
PÁGINAS: 130
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:
Esta tese integra as produções do campo da História da Educação e da historiografia de Sergipe, tendo como fundamentação teórico-metodológica os pressupostos da História Cultural. Versou sobre o tema da infância anormal, delimitando como objeto de estudo sua institucionalização e educabilidade durante os anos de 1940 a 1979 em Sergipe. Pretendeu-se, como objetivo geral, identificar as representações e as relações de saber/poder que desenharam os discursos e as práticas voltadas à infância anormal em Sergipe, no período de 1940 a 1979. Para tanto foram elaborados os seguintes objetivos específicos: 1) analisar os saberes científicos que produziram um discurso sobre a educabilidade ou não dos anormais; 2) compreender quem eram as crianças anormais que foram objeto dos dispositivos disciplinadores de normalização psiquiátricos, as representações e práticas médicas, jurídicas e educacionais que marcaram o cotidiano destes equipamentos; e 3) identificar possíveis relações entre as escolas regulares e especiais e os dispositivos psiquiátricos, enfatizando a carreira institucional dos que eram considerados como menores loucos, oligofrênicos, idiotas ou anormais. Como referencial teórico foram utilizados, para a compreensão dos conceitos de anormalidade e indivíduo anormal (CANGUILHEN, 2007; FOUCAULT, 2001; BUENO, 2006; LOBO, 2015a; 2015b); institucionalização, poder psiquiátrico e saber/poder (FOUCAULT, 1984, 1991, 2006); estigma e instituição total (GOFFMAN, 1961, 1988). Quanto ao referencial teórico metodológico foram utilizados os conceitos de práticas, representação e apropriação (CHARTIER, 1990, 1991) e relações de poder, discurso e práticas (FOUCAULT, 1984, 1991, 1999). Além de um diálogo constante com autores do campo da História da Educação e da Educação Especial, bem como da História da Psiquiatria no Brasil, que auxiliaram na compreensão da temática proposta.