Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ACACIA PRISCILLA DE SOUZA LÍRIO
DATA: 25/11/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula PPGED - DID. 2
TÍTULO: (Des)Caminhos (Trans)Formativos no SUS
PALAVRAS-CHAVES: Trabalho-formação. Território. Estranhamento. (Des)Aprendizagem. Experimentação. Invenção.
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Permanente
RESUMO:
Esta dissertação apresenta como objeto de pesquisa o trabalho-formação em Saúde Mental no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios de Aracaju e Itabaiana, estado de Sergipe (SE). O trabalho, portanto, está situado nas relações entre as áreas Educação-Saúde e Educação-Trabalho, especificamente orientadas pelas intersecções institucionais entre a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) e a Política Nacional de Humanização (PNH), gestas em 2004 pelo Ministério da Saúde (MS) mediante compromisso com a indissociabilidade entre formação e trabalho. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi compreender a formação do trabalhador em Saúde Mental nesse contexto. Para tanto, o lócus (ou recorte) empírico da investigação está circunscrito às nossas passagens, entre 2008 e 2015, nos seguintes serviços de Saúde Mental: CAPS ad Primavera (Aracaju-SE), CAPS ad Santo Onofre (Itabaiana-SE) e CAPS I Renato Bispo (Aracaju-SE) e no serviço de Educação Permanente em Saúde: Fundação Estadual de Saúde (Aracaju-SE), respectivamente como professora de educação física, docente e responsável técnica pedagógica, ora com vínculo municipal, ora com estadual. Nossa orientação teórico-metodológica foi construída com base na ampliação do conceito pedagógico de abertura para o sensível (BURITI, 2011), nas referências críticas da formação em saúde pautada na normalização médica (ABRAHÃO e MERHY, 2014), no método cartográfico proposto por Deleuze e Guatarri (1995) e nas ponderações da análise de implicação elaborada por Lourau (1975) acerca dos riscos epistemológicos da proximidade entre o pesquisador e seu objeto de estudo, sobretudo quando se está investigando sua própria prática de formação e trabalho. Quanto aos procedimentos de pesquisa, utilizamos quatro cenas selecionadas dentre tantas outras por nós vividas durante a formação em serviço no SUS/SE. O contato com os conteúdos das cenas foi possível na medida em que recorremos a quatro acervos (gráficos e mentais) de memória construídos ao longo do período indicado; intitulados caixa de afecções, diário cartográfico, relatos de experiência e registros cérebro-mentais. Para a análise das cenas utilizamos os seguintes conceitos-ferramentas, que nos serviram de categorias da experiência: território, estranhamento, (des)aprendizagem, experimentação, invenção, produzir-se.