Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GERALDO FREIRE DE LIMA
DATA: 15/02/2013
HORA: 15:00
LOCAL: AUDITÓRIO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DID 2
TÍTULO:
Autonomia e Emancipação em Kant e Adorno: um paralelismo conceitual pela via pedagógica.
Adorno; autonomia; Esclarecimento; emancipação; Kant.
Os escritos de Kant, assim como de outros filósofos da Aufklärung, evidenciaram a importância que tal movimento político-intelectual dava à Educação, deixando clara a relação entre conhecimento e liberdade, situando-a, simultaneamente, como fim e meio do desenvolvimento do saber e da vida ética. Tal pedagogia tem como finalidade uma educação moral, sustentada na investigação conceitual de um ideal de autonomia humana. Contudo, os instrumentos de crítica kantianos, dentre eles o conceito de autonomia, foram vistos como sendo eles próprios uma ameaça ao Esclarecimento, convertidos, segundo determinados processos históricos, num “engodo das massas”. Esse argumento foi apresentado na crítica da razão técnica de Adorno (juntamente com Horkheimer), a Dialética do Esclarecimento. Segundo o pensador frankfurtiano, o desenvolvimento da sociedade a partir do Iluminismo, no qual se enfatizou o papel da educação e da formação cultural (Bildung) em busca da emancipação do homem, conduziu, inexoravelmente, ao seu contrário: à barbárie, à acomodação e à “semiformação”.Entretanto, em sua intervenção no discurso pedagógico, percebemos a elaboração de uma concepção de educação/formação ainda pautada na ideia de emancipação, conceito necessariamente devedor da ideia kantiana de autonomia. Desta forma, através de uma análise conceitual, ao mesmo tempo filosófica, histórica e pedagógica, demonstraremos em que pontos e momentos tais conceitos – de autonomia e de emancipação – se aproximam e se distanciam em seus determinados contextos intelectuais, traçando, assim, um paralelo possível entre o pensamento pedagógico de Adorno com relação ao de Kant.