Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: YASMIM ANAYR COSTA FERRARI
DATA: 26/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 27, nas dependências do PPGCS no Ambulatório de Pediatria do H.U.
TÍTULO: TENDÊNCIA SECULAR DE MORTALIDADE E MORBIDADE POR CÂNCER
DO COLO DO ÚTERO NAS REGIÕES DO BRASIL
PALAVRAS-CHAVES: Estudos de Séries Temporais. Morbidade. Mortalidade. Neoplasias.
Neoplasias do Colo do Útero.
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
O câncer do colo do útero ainda representa um dos maiores entraves na saúde pública domundo, pois mesmo com métodos de prevenção e rastreamento bem definidos, é umadoença que apresenta altas taxas de incidência, morbidade e mortalidade na populaçãofeminina. A pesquisa tem como objetivo analisar a tendência secular de mortalidade emorbidade por câncer do colo do útero no Brasil e regiões. Trata-se de um estudopopulacional e ecológico (de séries temporais) onde foram analisados os casos de óbitos einternações por câncer do colo do útero, em todas as faixas etárias, nas cinco regiõesbrasileiras, Centro-oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, a partir dos dados disponíveisno Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os códigos utilizados paraa busca dos dados foram: 180 - Neoplasma maligno do colo do útero referente àClassificação Internacional de Doenças (CID) 9 e C53 - Neoplasia maligna do colo doútero pela CID-10. Foram calculadas as taxas brutas, taxas específicas por idade e taxaspadronizadas por idade pela população brasileira para cada ano e faixa etária e populaçãomundial. Na avaliação dos resultados, a faixa etária foi distribuída de acordo com as fasesda vida em 20 a 44 anos, 45 a 64 anos e 65 anos ou mais. Optou-se por não avaliarseparadamente as mulheres até os 19 anos por apresentarem valores abaixo de 0,5% dototal dos óbitos e internações. A tendência de mortalidade foi calculada pelo JoinpointRegression Program, versão 4.9.1.0, National Cancer Institute, USA. A significânciaestatística adotada foi 5,0%, identificada através do teste de Permutação de Monte Carlo,e o intervalo de confiança foi 95,0%. Foram registrados 171 793 mil óbitos de 1980 a2021 e 736 491 mil internações de 1992 a 2021. As taxas de mortalidade por CCUaumentaram no Norte e Nordeste e nos demais locais reduziram. Já as taxas de internaçãoreduziram no Brasil e em todas as regiões. Quanto as tendências de mortalidade, houveredução no Centro-oeste e Sudeste, estabilidade no Brasil, Norte e Sul e aumento noNordeste. Para as internações, o Brasil, Nordeste e Sudeste apresentaram tendênciasdecrescentes e as regiões Centro-oeste, Norte e Sul mantiveram estabilidade. Asdisparidades regionais ficaram evidentes neste estudo, onde Norte e Nordesteapresentaram as taxas mais altas de mortalidade. Apesar das tendências decrescentes eestacionárias, o câncer do colo do útero ainda representa importante causa deadoecimento e óbito nas mulheres brasileiras.