Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAÍS LIMA DE OLIVEIRA REKOWSKY
DATA: 28/02/2024
HORA: 13:00
LOCAL: PLATAFORMA DE REUNIÃO REMOTA A DEFINIR
TÍTULO: O PAPEL DO ALLOGRAFT
INFLAMMATORY FACTOR 1(AIF1) NA MATURAÇÃO E FUNÇÃO DE MACRÓFAGOS
NO COMBATE À INFECÇÃO POR LEISHMANIA
PALAVRAS-CHAVES: Allograft Inflammatory Factor 1; AIF1; Macrófagos; Monócitos;
Leishmaniose.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
Macrófagos e monócitos são as principais células no combate à infecção por Leishmania.Sendo assim, correspondem às células alvo dos mecanismos de evasão condicionados pelopróprio parasita na tentativa de suprimir a resposta inflamatória e garantir sua sobrevivência.O Allograft Inflammatory Factor-1 (AIF1) é um gene expresso em células de linhagemmieloide, principalmente macrófagos e células dendríticas e sua expressão está diretamenterelacionada com as vias da cascata inflamatória na promoção da resposta imune. Esse estudo éo primeiro a demonstrar que a cepa da Leishmania donovani induz uma redução na expressãodo AIF1 em macrófagos no baço per si (7,98% +/-2.1 para 2.30% +/- 0.6) para bloquear aresposta pró-inflamatória destas células e assim garantir sua sobrevivência intracelular tanto invivo quanto in vitro. Além disso, a super expressão ectópica do AIF1 induzida em macrófagosderivados da medula óssea de camundongos selvagem infectados com L.donovani consegue
reverter a imunomodulação causada pela infecção de citocinas inflamatórias como IL-6, TNF-α além de Arg1 e iNOS, cruciais na resposta contra inflamatória contra esse parasita. Ademais,
o AIF1 também é essencial no desenvolvimento celular de macrófagos e monócitos, já que aosilenciar o AIF1 em células progenitoras da medula óssea de camundongos selvagem mesmosob estímulo de GM-CSF a diferenciação de monócitos em macrófagos não evolui de fenótipopermanecendo o subtipo celular de monócitos inflamatórios (CD11b+ F4/80+/- Ly6C high).Ao utilizar um camundongo com deleção condicional do AIF1 com alvo nas células da medulaóssea que expressam o gene constitutivo VAV1 pelo sistema LoxP-cre, foi possível observarque a ausência do AIF1 aumenta consideravelmente o número de progenitores mieloidescomum (CMP) e reduz o número de progenitores de granulócitos (GMP) em mais de 50% namedula óssea. Para os progenitores de monócitos e células dendríticas (MDP), a deleção doAIF1 reduz em 30% esse subtipo de progenitores celular na medula óssea e ainda apresentamum aumento do fenótipo de monócito inflamatório (CD11b+ CD115+ F4/80+ Ly6Chigh/low)em detrimento da geração de macrófagos maduros (CD11b+ CD115+ F4/80+ Ly6C neg) tantona medula óssea, quanto no baço e nos linfonodos. Por fim, polimorfismos genéticos de úniconucleotídeo (SNP) do AIF1 rs3132451 foram significativamente frequentes em controlescomparados com pacientesLeishmaniose Visceral [(OR = 1.0, 67%CI =00-00, P= 0,04),conferindo uma associação desses polimorfirmos de resistência à doença. Já os polimorfismosrs4711274 e rs2269475 foram significativamente maiores no grupo de pacientes comparandocom os controles DTH+, apresentando portanto um genótipo de susceptibilidade à LV. Juntos,esses dados demonstram o papel crítico que o AIF1 influencia na imunomodulação demacrófagos e monócitos frente à parasitas como a L.donovani assim como também nodesenvolvimento e diferenciação destas células na medula óssea e nos órgãos linfóides. Alémdisso, a correlação positiva entre polimorfismos genéticos do AIF1 associados a resistência esusceptibilidade ao adoecimento por LVconfirmam a relevância desse gene na clínica daLeishmaniose Visceral.