Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÁRIO LUIS TAVARES MENDES
DATA: 30/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: em Aracaju
TÍTULO: Grau de Fragilidade e risco de complicações
em cirurgia oncológica de cabeça e pescoço: revisão sistemática e metanálise dose-resposta
PALAVRAS-CHAVES: Fragilidade; Neoplasias de Cabeça e Pescoço; Revisão Sistemática; Metanálise;
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO:
A população mundial vivencia uma maior expectativa de vida, como consequência ocontingente da população de idosos é cada vez maior, o que pode acarretar uma incidência eprevalência maior de câncer de cabeça e pescoço nesse público, demandando uma necessidademaior por tratamentos cirúrgicos. Nesse mesmo contexto, somado às condições crônicas, o processode envelhecimento pode levar a perda da capacidade adaptativa, o decréscimo da funcionalidade, oque pode levar a Síndrome da Fragilidade. Há evidências emergentes de que indivíduos frágeisapresentam uma reserva fisiológica diminuída, capacidade diminuída de manter a homeostase emaior vulnerabilidade a estressores. O conceito de fragilidade tem se tornado cada vez maisreconhecido como uma medida valiosa em pacientes cirúrgicos oncológicos, incluindo aqueles comcâncer de cabeça e pescoço. A triagem pré-operatória para fragilidade pode fornecer uma avaliaçãode risco individualizada que pode ser usada por uma equipe interdisciplinar para aconselhamentopré-operatório e para melhorar os resultados. O objetivo desta metanálise foi avaliar a relação entrefragilidade e risco de complicações pós-operatórias maiores em indivíduos frágeis submetidos àcirurgia oncológica de cabeça e pescoço. Material e Métodos: PubMed, SCOPUS, Web of Science,Google Scholar e OpenThesis foram sistematicamente pesquisados para identificar estudos queavaliaram o risco de complicações pós-operatórias maiores em indivíduos frágeis submetidos àcirurgia oncológica de cabeça e pescoço. A busca foi realizada em 31 de agosto de 2020, semrestrições de idioma ou data. Dois investigadores independentes examinaram os estudos pesquisadoscom base no título e resumo de cada artigo. Os estudos relevantes foram lidos na íntegra eselecionados de acordo com os critérios de elegibilidade. A fragilidade foi avaliada pelo Índice deFragilidade modificado (mFI-11) e as principais complicações pós-operatórias foram mensuradaspela classificação de Clavien-Dindo. Realizamos uma meta-análise categórica e dose-respostausando um modelo de efeitos aleatórios para avaliar a associação entre fragilidade e risco decomplicações pós-operatórias maiores em pacientes submetidos à cirurgia oncológica de cabeça epescoço. Resultados: Pacientes frágeis apresentaram um risco aumentado de complicações CDIV emcomparação com pacientes não frágeis (RR = 4,67; IC95% 1,54-14,10; I2 = 95%). Pacientes Frágeisapresentaram um risco aumentado de morte em comparação com pacientes não frágeis (RR = 8,10;IC 95% 2,30-28,57; I2 = 76%). Encontramos evidências de uma tendência dose-resposta linear equadrática entre o mFI-11 e as principais complicações pós-operatórias. Conclusão: Escores maisaltos de fragilidade estão associados a um aumento significativo nas complicações em nível de UTIe mortalidade em 30 dias após cirurgia oncológica de cabeça e pescoço. Portanto, é necessário umolhar especial das equipes cirúrgicas, gestores hospitalares em relação a estratificação, considerandoinstrumentos de Fragilidade que conseguem prever eventos adversos e possibilitem maior
racionalidade em saúde considerando a relação dose-resposta entre fragilidade e complicações pós-operatórias.