Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEBORA KELLY SANTOS OLIVEIRA
DATA: 21/02/2022
HORA: 08:00
LOCAL: meet.google.com/cah-iqaw-avn
TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE USO DO ESQUEMA ANTIRRETROVIRAL EATEROSCLEROSE CORONARIANA EM PACIENTES HIV
POSITIVOS NO ESTADO DE SERGIPE
PALAVRAS-CHAVES: Aterosclerose coronária. HIV. AIDS. Escore de cálcio coronariano.Antirretrovirais.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
A terapia antirretroviral coincide com a mudança no espectro da doença, aumento daexpectativa de vida em pacientes com HIV/AIDS, e evidencia a ocorrência de doençascrônicas cardiovasculares de origem aterosclerótica, quando associada a uma terapia de longoprazo. O objetivo é avaliar a relação entre aterosclerose e uso de esquema antirretroviral notratamento de pacientes HIV positivo e, secundariamente, quantificar o escore de cálcio nestegrupo e correlacionar o escore de cálcio coronariano e o tempo de uso da TARV. É um estudoobservacional, transversal e analítico de pacientes adultos portadores de HIV/Aids,selecionados de forma consecutiva e não-aleatória, assintomáticos do ponto de vistacardiovascular, provenientes dos dois serviços de referência em atendimento ambulatorial doestado de Sergipe: o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (CEMAR) e o HospitalUniversitário (HU) com idade maior de 18 anos e em uso de terapia antirretroviral. Na análiseestatística foram utilizados os testes: Quiquadrado de aderência e Exato de Fisher e os valoresde p≤0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Considerou-se ainda o intervalode confiança de 95% e uma diferença aceitável de cerca de 10%. A aterosclerose foi definidacomo escore de cálcio maior que zero (CAC > 0). Fatores de risco tradicionais, síndromemetabólica e o escore de Framingham foram analisados. Da amostra 32,1% estavam emacompanhamento no CEMAR e 67,9% no HU, com idade média de 46 anos. 65,4% eram dosexo masculino e 34,6% do sexo feminino. 23,9% dos pacientes fizeram todos os exames deacompanhamento necessários para a análise da pesquisa, 64,15% TE e ECO e 43,9% TC.22,64% dos pacientes estavam com CD4 ≤ 350 e a CV dos pacientes HIV+ estavamindetectáveis. 96,36% sexo feminino e 86,54% sexo masculino foram classificados com baseno escore de Framingham como baixo risco. 36,48% há mais de 10 anos em TARV e médiade tempo de uso de 72 meses. Este estudo mostrou uma baixa prevalência de aterosclerose empacientes com HIV/AIDS em uso de terapia antirretroviral por, pelo menos, dois anos. Entreos fatores de risco avaliados, o tempo de uso e classe terapêutica estiveram relacionados. Osresultados mostram uma associação entre TARV contendo Inibidores de Protease, emborasejam drogas potentes para melhorar os resultados clínicos, evitando replicação viral ediminuindo a carga viral, mas o risco excessivo cardiovascular está relacionado à exposiçãohá longo prazo, pelos quais os IPs podem promover a aterosclerose podendo ser detectadapor meio de tomografia computadorizada cardíaca. E a prevalência da aterosclerose peloEscore de Cálcio nos pacientes que vivem com HIV documentada em torno de 40%,representou 31,17% da amostra estudada com comprometimento aterosclerótico. Os valoresde p foram considerados estatisticamente significativos em 100% das variáveis analisadas e odesafio é promover a prevenção de riscos cardiovasculares para reduzir o número de eventoscoronarianos, e o perfil traçado com esta coleta permitirá uma abordagem mais criteriosadesses pacientes, sobretudo no caráter preventivo com o cuidado dos pacientes portadores deHIV/AIDS no estado de Sergipe.