Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KATIA CRISTINA AMARAL MAYNARD
DATA: 14/05/2012
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório da Didática V/HU
TÍTULO:
RESPOSTA AO CORTICOESTERÓIDE INALATÓRIO EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME
Anemia falciforme; Espirometria; Função pulmonar; Corticoesteróide.
Avaliar o efeito da utilização do corticoesteróide inalatório sobre a função pulmonar de pacientes com anemia falciforme. Métodos: Estudo de intervenção longitudinal com crianças, adolescentes e adultos jovens, no qual foram avaliados pacientes de ambos os gêneros, com idades entre sete e vinte e sete anos, clinicamente estáveis, sem intercorrências agudas, com o diagnóstico de AF confirmado por eletroforese de hemoglobina. Os pacientes foram submetidos à prova ventilatória completa, à saturação transcutânea de oxigênio e ao Peak flow. Foram em seguida submetidos a três meses de uso de budesonida inalatória na dose de 400 a 800mcg/dia. Após este tratamento foram reavaliados quanto aos mesmos parâmetros. Resultados: Participaram do estudo 44 pacientes com média de idade de 14,9 ± 4,6 anos, todos com perfil espirométrico alterado, sendo que 63,6% apresentavam distúrbio ventilatório restritivo, 22,7% obstrutivo e 13,6% misto. Os pacientes com padrão obstrutivo e misto responderam de forma semelhante ao tratamento com corticoesteróide: 50% dos pacientes com padrão obstrutivo apresentaram melhora do VEF1 e 33,3% dos pacientes com padrão misto responderam com melhora do VEF1 e do CVF, enquanto que 14,3% dos pacientes com padrão restritivo responderam favoravelmente, com melhora do CVF. As medidas da saturação transcutânea de oxigênio após o tratamento apresentaram melhora, com 43,1% dos pacientes apresentando valores maiores que 95%, 31,8% com valores entre 90 e 94%, e 25% com valores inferiores a 89%. Houve diminuição de 22,7% no número dos pacientes que apresentavam queixa de tosse persistente, e a proporção de pacientes assintomáticos passou de 50% para 79%. Conclusão: Os pacientes com anemia falciforme e prova ventilatória com padrão obstrutivo e misto responderam favoravelmente ao uso do corticoesteróide inalatório.