Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO LUIZ ALVES DOS SANTOS
DATA: 31/08/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do PPGCS
TÍTULO: Avaliação Farmacoeconômica dos Tratamentos para Leishmaniose Visceral no Estado de Sergipe
PALAVRAS-CHAVES: Farmacoeconomia; Leishmaniose visceral; Combinação de Medicamentos.
PÁGINAS: 91
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
A busca por novas alternativas terapêuticas para as leishmanioses é considerada essencial pela Organização Mundial da Saúde, em virtude da elevada toxicidade dos medicamentos atualmente utilizados, seu alto custo e o risco de resistência.No Brasil, utilizam-se três drogas para o tratamento da leishmaniose: o antimoniato de meglumina e as formulações de anfotericina B (desoxicolato e lipossomal). Este estudo é uma análise econômica atrelada a um ensaio clínico multicêntrico, onde foi realizada a análise sobre os dados obtidos do estado de Sergipe, tendo sido acompanhados 62 pacientes, randomizados para o tratamento com antimoniato de meglumina (grupo A), considerado o esquema de primeira escolha no Brasil, anfotericina B desoxicolato (grupo B), anfotericina B lipossomal (grupo C) e o esquema terapêutico combinado de antimoniato de meglumina com anfotericina B lipossomal (grupo D), com o objetivo se realizar uma análise de decisão entre estes esquemas terapêuticos, tanto para adultos como para crianças. Para tal, foram considerados dois cenários: o cenário 1 é o atualmente existente no Brasil, onde os pacientes são tratados sempre que possível ambulatorialmente com o antimoniato de meglumina, porém com um menor acompanhamento de suas reações adversas potencialmente letais e uma possível menor adesão ao tratamento. Já no cenário 2, os pacientes são internados durante todo o período do tratamento, com um melhor monitoramento dos parâmetros clínicos e laboratoriais do paciente, porém com um risco maior de infecções hospitalares e aumento de custos do tratamento. No quesito segurança, há um destaque para a anfotericina B desoxicolato como sendo a que apresenta uma maior quantidade de reações adversas graves e potencialmente letais, com uma média de 2 reações graves/paciente. Já no ponto de vista de custo-eficácia, para o cenário 1 o antimoniato de meglumina continua sendo o tratamento de primeira escolha, tanto para adultos como para crianças. Porém, no cenário 2, a combinação de medicamentos (grupo D) se apresentou como o mais custo-eficaz tanto para adultos como para crianças. Deste estudo evidenciou-se, do ponto de vista de segurança ao paciente, a necessidade de reavaliação tanto dos esquemas terapêuticos, particularmente a anfotericina B desoxicolato, como dos cenários de tratamento para a leishmaniose visceral.