Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELA AZEVEDO FREIRE SANTOS
DATA: 05/12/2014
HORA: 09:00
LOCAL: sala de aula 27 Centro de Pesquisas Biomédicas
TÍTULO: Validação da versão brasileira da BehavioralPainScale em pacientes sedados e ventilados mecanicamente
PALAVRAS-CHAVES: Estudos de validação; Medição da dor; Unidades de Terapia Intensiva
PÁGINAS: 61
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:
A mensuração da dor em Unidade de Terapia Intensiva é um tema que obteve maior notoriedade nos últimos anos devido à necessidade de desenvolvimento de métodos farmacológicos mais eficazes e de aperfeiçoamento do manejo da dor em pacientes críticos. Esta mensuração pode ser realizada através instrumentos validados para tal fim, como a BehavioralPainScale (BPS). A dificuldade de comunicação de pacientes em uso de via aérea artificial, bem como a inexistência de validação da versão brasileira de uma escala que mensure dor em pacientes adultos mecanicamente ventilados justifica a relevância deste estudo que objetivou validar a versão brasileira da BPS além de correlacionar os escores desta escala com os registros das variáveis fisiológicas, nível de sedação e estado geral de saúde da amostra estudada. Trata-se de um estudo observacional transversal, com amostra composta por 35 pacientes adultos em uso de ventilação mecânica invasiva (VMI), sedados e/ou inconscientes, internados na Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica (UTI-Cardio) do Hospital de Cirurgia em Aracaju-Sergipe-Brasil. A avaliação dos pacientes por meio da BPS e a observação da pressão arterial, frequência cardíaca e saturação periférica de oxigênio por dois avaliadores simultaneamente foi realizada em três momentos: repouso, durante limpeza do olho (estímulo não doloroso) e durante aspiração traqueal (estímulo doloroso). Outras variáveis como nível de sedação e estado geral de saúde foram respectivamente avaliadas através da Escala de Ramsay, Richmond AgitationSedationScale (RASS) e o escore APACHE II (AcutePhysiology Health ChronicEvaluation). Também foi registrado o uso de fármacos sedativos e analgésicos administrados durante a avaliação do paciente A amostra avaliada foi considerada homogênea no que concerne ao tipo de cirurgia e tempo de pós-operatório. Foram evidenciados valores elevados do coeficiente de responsividade, Cronbach alfa (consistência interna) e do coeficiente de correlação intraclasse (confiabilidade interavaliador) durante limpeza do olho e aspiração traqueal. Quanto à validade, a mudança na pontuação da BPS nos três momentos de avaliação resultou na diferença significativa entre o repouso e procedimento doloroso, sendo encontrados neste último os maiores escores de dor (p≤ 0,0001). Contudo, as correlações entre dor e as demais variáveis (parâmetros hemodinâmicos, nível de sedação e severidade da doença) não foram significativas. A partir destes resultados, a versão brasileira da BehavioralPainScale foi considerada um instrumento válido para utilização em UTIsdo Brasil.