Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CHIARA ERMINIA DA ROCHA
DATA: 16/05/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Didática I Campus da Saúde
TÍTULO: SISTEMA DE SUPORTE A DECISÃO CLÍNICA PARA INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO RESPONSÁVEL.
PALAVRAS-CHAVES: farmacêutico comunitário; sintoma menor; automedicação responsável; medicamentos isentos de prescrição; software.
PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:
Objetivo: desenvolver sistema de suporte a decisão clínica dos farmacêuticos no manejo de sintomas menores (SM) com medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Métodos: Inicialmente, foi realizada uma revisão sistemática, entre janeiro 1980 a agosto de 2010, nas bases de dados Medline/Pubmed, Scopus, Lilacs e Embase. Posteriormente, uma amostra de conveniência de farmacêuticos comunitários (FC) participou de uma entrevista semi-estruturada realizada nas farmácias comunitárias de duas grandes redes em Aracaju, no período de Junho a Agosto de 2012. Em seguida, a metodologia do paciente simulado (PS) foi aplicada a mesma amostra de FC com dois casos de SM (1 - mulher adulta com sinusite; 2 - mulher grávida com tosse seca e dor nas costelas). As simulações foram avaliadas de acordo com o instrumento desenvolvido pela Farmacopéia dos Estados Unidos (USP) chamado "Medication Counseling Behavior Guidelines" e validado para o português. No período de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2014, foi desenvolvido um software para auxiliar o farmacêutico no processo de manejo de SM do trato respiratório com MIPs. Para tanto, 7 farmacêuticos clínicos, juntamente com engenheiros de produção, determinaram o conteúdo dos algoritmos. Resultados: Apenas nove artigos preencheram todos os critérios de inclusão estabelecidos na revisão sistemática. Foi observado que quatro estudos relataram adesão do paciente a orientação do farmacêutico. Participaram da entrevista 40 FC e destes, 62,9% não cursaram na graduação disciplina sobre o manejo de SM. As respostas dos FC sobre sua atitude frente a automedicação, revelou que a depender do tempo da queixa eles indicam um tratamento ou encaminham o paciente ao médico. Foram realizadas 80 simulações que apresentaram um tempo total de atendimento farmacêutico de 91,31 segundos (DP ±68,63). A análise das simulações revelou que 83,3% e 72,5% dos FC recomendaram a visita ao médico para o PS1 e para o PS2, respectivamente. Foi observado que 45% e 17% dos FC revisaram a solicitação do paciente antes da orientação. No processo de desenvolvimento do software, os farmacêuticos especialistas apontaram que os algoritmos deveriam explorar as características dos SM (início, frequência, duração), os tratamentos farmacológicos e não- farmacológicos apropriados e os parâmetros de encaminhamento do paciente ao médico. A versão final do software proporciona a determinação de diagnóstico condizente com o conjunto de sinais e sintomas do paciente, retornando ao farmacêutico uma pequena lista das possíveis enfermidades. Conclusão: a revisão sistemática subsidiou a realização do estudo que revelou que os FC investigados apresentaram problemas quanto a avaliação de sinais e sintomas de queixas menores e na provisão de informações sobre medicamentos. O software poderá melhorar as condições de trabalho dos farmacêuticos comunitários, adicionando-lhes maior evidência cientifica no manejo de SM com MIPs.