Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEBORA MOURA DA PAIXÃO OLIVEIRA
DATA: 09/06/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Aula 27 Centro de Pesquisas Biomédicas
TÍTULO: VÍTIMAS DE TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO: PROGNÓSTICO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO
DE OBSERVAÇÃO DE ENFERMAGEM
PALAVRAS-CHAVES: Morbidade; Mortalidade; Protocolos; Prognóstico; Traumatismo encefálicos.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
Introdução: O prognóstico do paciente com traumatismo cranioencefálico (TCE) depende da natureza, gravidade da lesão e nível de consciência na admissão. As diferenças nos protocolos de tratamento podem afetar o prognóstico após o TCE.Objetivo: Analisar o prognóstico de vítimas de TCE após a implantação do protocolo de avaliação de enfermagem. Método: A pesquisa foi desenvolvida em um hospital público de urgência do estado de Sergipe-Brasil. Trata-se de um ensaio clínico aberto apenas com um grupo de intervenção, cego, não randomizado. Verificou-se o número de internamentos, mortalidade por TCE e evolução dos pacientes em um período de seis meses anterior ao uso do protocolo e os comparou com os resultados obtidos seis meses após sua implantação. Resultados: O estudo incluiu 480 pacientes com idade média 35,7 anos desvio padrão (dp) ±16,6 anos, mínima 14 anos e máxima 92 anos. Houve um predomínio de indivíduos do gênero masculino (p=0,02). Observou-se nos grupos Pré e Pós-protocolo maior frequência dos acidentes motociclísticos (X2=0,023). Em relação à gravidade das vítimas 126/301 (57,5%) com TCE moderado e 93/179 (42,5%) com TCE grave foram avaliados com o protocolo (p=0,032). Verificou-se uma frequência de óbitos de 10,2% (49/480). As condições clínicas associadas ao TCE e os achados tomográficos não sofreram influência nos grupos Pré e Pós-protocolo (p=0,07). Houve uma redução significativa (p=0,05) da frequência de óbito de 12,6% para 7,3%; redução na porcentagem de alta com sequela de 32,8% para 22,8%; observou-se maior frequência no percentual de transferência dos pacientes para a unidade de tratamento intensivo ou outras instituições. Os fatores associados de forma independente à mortalidade foram: a não aplicação do protocolo com aumento da chance de óbito aproximadamente 2,5 vezes, seguido da gravidade do TCE com 23 vezes e a idade com uma razão de chance de 1,04. Conclusões: A implantação do protocolo contribuiu para reduzir a frequência de óbitos em pacientes com TCE grave, diminuir as sequelas em pacientes com TCE moderado e aumentar as transferências dos pacientes. O protocolo não reduziu sequelas em pacientes com TCE grave. A gravidade do TCE foi o principal determinante preditor independente de mortalidade seguido do não uso do protocolo e da idade.