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JOSÉ CARLISSON DO NASCIMENTO SANTOS
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OBESIDADE ADULTA E O MERCADO DE TRABALHO: UMA ANÁLISE PARA AS 26 CAPITAIS ESTADUAIS E O DISTRITO FEDERAL A PARTIR DAS MUDANÇAS CONJUNTURAIS ENTRE 2006 E 2018.
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Orientador : FERNANDA ESPERIDIAO
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Data: 20/12/2019
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Dissertação
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A obesidade é um problema de saúde pública que atinge milhões de pessoas no mundo. Atualmente, no Brasil, esta condição crônica vem crescendo rapidamente. Além dos problemas de saúde e dos custos diretos (públicos e privados), os custos indiretos referentes às perdas de produtividade, absenteísmo no trabalho e o preconceito presente no dia a dia de quem sofre com essa condição, tem despertado o interesse de diversas áreas do conhecimento, dentre elas a economia, que busca explicar as suas causas e consequências. Neste sentido, esta dissertação tem como objetivo avaliar em que medida a obesidade afeta a participação de homens e mulheres em idade ativa na força de trabalho considerando um cenário de crescimento econômico seguido de recessão nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal. Para tanto, foram utilizados dados secundários da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (VIGITEL-DATASUS) para a construção de um modelo econométrico de pooled logit. Os principais resultados apontam que em um cenário geral a relação entre a obesidade e as chances de emprego é negativa para as mulheres enquanto que o sobrepeso favorece os homens. Neste contexto a sociedade impõe padrões de valorização do corpo nos quais ser acima do peso gera uma percepção negativa que potencializa a inserção de mulheres obesas no mercado de trabalho. Entretanto, tanto homens quanto mulheres com obesidade são os menos penalizados em um contexto de crise econômica. A divergência de resultados reportados pode ser atribuída, hipoteticamente, a diferença de colocação no mercado de trabalho entre diferentes grupos demográficos diante de variações na conjuntura econômica influenciada por fatores exógenos tais como lei de cotas e baixos salários de reservas da população obesa.
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ANA CAROLINA MONTEIRO REBELO
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ORIGEM, ASCENSÃO E CRISE DO FIES: UMA ANÁLISE REGIONAL DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL DO ENSINO SUPERIOR PARA PERÍODO DE 2011 A 2018
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Data: 28/05/2019
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Dissertação
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No cenário econômico mundial, apresenta-se claramente uma forte heterogeneidade no que se refere ao nível de desenvolvimento dos países, o que despertou o interesse de muitos economistas para o estudo do crescimento e desenvolvimento econômico, em vista de conhecer as causas desse crescimento. Também, a nível nacional, na grande maioria dos países, principalmente nos países em desenvolvimento como o no Brasil, nota-se heterogeneidade de desenvolvimento entre suas regiões. O capital humano, apesar de receber mais destaque a partir da década de 60, sempre esteve presente nas teorias do crescimento econômico como um os fatores fundamentais para esse processo, juntamente com a formação de capital físico e inovação tecnológica. Nesse sentido, o ensino superior apresenta destaque, dado sua característica de formar profissionais especializados, fomentar a pesquisa e a inovação tecnológica. No Brasil, a criação do Programa de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies), institucionalizado em 2001, visava incentivar a qualificação da mão-de-obra, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, consideradas menos desenvolvidas e mais necessitadas dessa qualificação. Entretanto, há possíveis desdobramentos desse programa que podem trazer prejuízo a médio e longo prazos para todo o país, principalmente no sentido de acentuar as desigualdades regionais. Assim, o objetivo desse trabalho é analisar as implicações da distribuição dos recursos do Fies no contexto do desenvolvimento regional, no período de 2011 a 2018. Os dados provêm das plataformas digitais do FNDE e do INEP. Portanto, iremos resgatar um pouco das teorias do crescimento e desenvolvimento econômico, bem como a teoria do capital humano, depois faremos um apanhado histórico da educação superior no Brasil, abordando algumas realidades da educação superior pública e privada, juntamente com uma breve descrição sobre o surgimento do Fies. Em seguida, descreveremos seu desenvolvimento e declínio, no período de 2011 a 2018, concluindo com a análise da sua distribuição regional através do método shift-share para esse período, por corresponder ao intervalo de tempo cujos dados estão disponíveis.
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ANDERSON RENÊ SANTOS SILVA
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QUANTIFICAÇÃO DE RISCO EM FINANÇAS: BITCOIN SOB A AVALIAÇÃO DO VALUE AT RISK
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Orientador : FABIO RODRIGUES DE MOURA
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Data: 26/04/2019
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Dissertação
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O presente trabalho tem por objetivo analisar o comportamento de uma das criptomoedas mais conhecidas atualmente, o BitCoin, em relação ao risco oferecido pela operação, através do Value at Risk (VaR), que é uma métrica de risco bastante utilizada em bancos e fundos de investimento, para gestão de investimentos. Apesar de possuir várias formas de obter o VaR, muitas métricas perdem em eficiência decorrente de má especificações nos modelos, é importante, para evitar decisões erradas dos investidores que seja obtida, ao menos, uma metodologia robusta e eficiente para estimação do VaR. Neste caminho, a literatura econométrica, é bastante vasta em apresentar diversas abordagens, não obstante, foram considerados trabalhos relevantes os que apresentaram uma abordagem empírica do VaR através do modelo Generalized Autoregressive Conditional Heteroskedasticity (GARCH), desenvolvido em 1986 pelo professor Tim Bollerslev. Este modelo apresenta ganhos significativos, solucionando problemas existentes ao utilizar os modelos autorregressivos com heterocedasticidade condicional, além de permitir uma memória mais longa (mais observações) e uma estrutura de atraso mais flexível.
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MANUELA MACEDO OLIVEIRA
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Dois ensaios sobre as emissões de gases de efeito estufa do BRIC: uma análise de insumo-produto
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Orientador : LUIZ CARLOS DE SANTANA RIBEIRO
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Data: 22/04/2019
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Dissertação
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A crescente preocupação com o meio ambiente desperta questionamentos acerca dos efeitos do crescimento econômico sobre a degradação ambiental. Um dos problemas ambientais contemporâneos de maior destaque é o aquecimento global, que tem como principal causa a intensificação das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Historicamente, os países desenvolvidos são os principais responsáveis pelo aquecimento global, mas nas últimas décadas os países em desenvolvimento têm aumentado continuamente suas emissões, dentre eles estão os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Diante disso, a dissertação consta de dois ensaios e objetiva estudar as emissões de GEE dos países do BRIC a partir das matrizes de insumo-produto e emissões setoriais de GEE da World Input-Output Database (WIOD). No primeiro ensaio utiliza-se o método de análise de decomposição estrutural para decompor os fatores responsáveis pela evolução das emissões do BRIC de 1995 a 2009. Os principais resultados indicam que não houve mudança significativa no perfil de emissão dos países. No Brasil, a exportação agropecuária mostrou ser o fator que mais contribuiu para o aumento das emissões no período. Na Rússia destacou-se a demanda intermediária do setor industrial, sobretudo eletricidade e fornecimento de gás e água. Na Índia e na China, a demanda final por setores industriais foi o que apresentou maior participação no aumento das emissões dos países. Observa-se que o aumento das emissões dos países emergentes tem ocorrido concomitante a estabilização em países desenvolvidos, fomentando a hipótese de fuga da poluição a partir das relações de comércio internacional. Nesse sentido, o segundo ensaio objetiva analisar estruturalmente o comércio internacional a partir do método de insumo-produto, e identificar as emissões incorporadas nas exportações e importações dos países do BRIC em 1995, 2000, 2005 e 2009. Os principais resultados indicam que os quatro países do BRIC foram exportadores líquidos de emissão de GEE no período analisado, com destaque para a Rússia.
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SAMIA MERCADO ALVARENGA
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SUICÍDIOS NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ESPACIAL PARA MUNICÍPIOS
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Data: 05/04/2019
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Dissertação
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O suicídio é reconhecido internacionalmente como um problema de saúde pública que figura entre as dez causas de mortes mais frequentes entre a população em geral, superando a quantidade de mortes por conflitos armados. Diante disso emergem teorias sociológicas e, posteriormente, econômicas que tentam explicar os fatores que induzem essas mortes. Do ponto de vista social, o suicídio é um ato condicionado puramente por determinantes extrínsecos ao sujeito, ao passo que a teoria econômica o concebe a partir da confluência desses determinantes com decisões individuais. Além de controvérsias teóricas, as evidências sobre o suicídio, tanto para mundo quanto para o Brasil, ainda são inconclusivas. No país, segundo dados do Sistema de Mortalidade, para cada suicídio registrado, estima-se que existem mais de vinte tentativas não reportadas. O sub-registro, aliado à raridade e às características inerentes a sua distribuição, torna o fenômeno ainda mais complexo, especialmente no contexto brasileiro, em que as dimensões continentais comportam heterogeneidades socioeconômicas e culturais. Logo, pergunta-se: qual a influência de fatores socioeconômicos nas ocorrências de suicídio considerando interações espaciais? A hipótese que norteia o desenvolvimento desse estudo sugere a existência de efeitos espaciais multiplicadores de modo que a estratégia empírica adotada para responder ao problema proposto consiste na utilização de um modelo espacial Tobit Autorregressivo para os municípios brasileiros no ano de 2010 precedido de uma Análise Exploratória de Dados Espaciais. A abordagem empírica adotada representa um importante avanço na literatura, já que, além de considerar a autocorrelação espacial a um nível de agregação que até então não era comum aos estudados a respeito do suicídio, também oferece um tratamento para variáveis censuradas. Os principais resultados corroboram estudos anteriores acerca da influência significativa dos fatores socioeconômicos e demográficos, revelando efeito positivo para renda per capita, tamanho da população urbana e área plantada com cultivo intenso de organofosforados. Em contrapartida, a variável para educação, grau de formalidade do mercado de trabalho e taxa de fecundidade evidenciaram influência negativa, ao passo que o Índice de Gini não se mostrou relevante para explicação do suicídio nos municípios brasileiros. A hipótese acerca dos efeitos multiplicadores foi consistente com os postulados durkheimianos sobre o efeito contágio. Portanto, é desejável que políticas públicas para contenção e prevenção do suicídio levem em consideração não só aspectos socioeconômicos e demográficos, como também a distribuição territorial das ocorrências e a interação espacial existente entre elas.
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EDNA SILVA FONSECA
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A discriminação da mulher negra no mercado de trabalho: uma análise comparativa do rendimento no trabalho na Bahia versus Brasil no período de 2001 e 2015.
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Orientador : MARCO ANTONIO JORGE
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Data: 29/03/2019
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Dissertação
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A discriminação e as desigualdades de oportunidades verificadas no mercado de trabalho é algo a ser superado pela sociedade brasileira. As assimetrias sociais e de renda entre homens e mulheres, negros e brancos não se afastam desta realidade. Desta forma, considera-se pertinente a investigação acerca da discriminação no mercado de trabalho que afeta sobremaneira a população negra, mais especificamente, as mulheres negras, confrontando seus indicadores com o grupo populacional oposto, homens brancos, além das mulheres brancas e internas ao seu grupo de cor, os homens negros. Toma-se como recorte espacial o estado da Bahia que se caracteriza, por entre as unidades federativas, apresentarem um quadro demográfico majoritariamente composto por afrodescendentes, contrapondo suas estimativas com as estatísticas nacionais. A delimitação temporal está registrada entre o período de 2001 e 2015, tomando como base as informações contidas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). O aporte metodológico está em função de métodos analíticos históricos e quantitativos. Este último engloba a estimação da equação de salários sugerida por Mincer (1974), no formato cross-section, seguida da correção do viés de seleção amostral proposto por Heckman (1979) comumente conhecida como a Inversa de Mills, por este procedimento fornecer maior consistência para o modelo, e por fim, realiza-se a decomposição do diferencial de salários proposto por Oaxaca (1973). Os resultados iniciais sugerem, como preconizado pela literatura especializada, a existência de retornos salariais distintos de acordo com o gênero e a cor. O diferencial salarial entre os grupos caracterizados pelos homens brancos e mulheres negras, homens negros e mulheres negras, mulheres brancas e negras, verifica-se maior predominância no hiato do rendimento do trabalho entre os primeiros pares em ambos os territórios. Quanto à diferença nos rendimentos provenientes da discriminação, constatou-se que no ano de 2001 na Bahia, qualquer indivíduo que mantivesse as mesmas características das mulheres negras sofreria uma depreciação salarial, mas em distintas magnitudes. Em 2015, os homens brancos considerados a categoria mais prestigiada no mercado de trabalho não seriam impactados por tais características, no entanto, os demais indivíduos ainda sofreriam com a perda salarial decorrente de fatores discriminatórios caso apresentassem similaridades com o grupo das afrodescendentes.
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CAIO HENRIQUE MOTA SILVA BAPTISTA
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O EFEITO DO CRÉDITO RURAL SOBRE O CRESCIMENTO AGROPECUÁRIO DOS MUNICÍPIOS DO BRASIL ENTRE 2003 E 2016
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Orientador : FABIO RODRIGUES DE MOURA
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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Essa dissertação tem como principal objetivo o estudo da relação entre desenvolvimento financeiro e crescimento econômico, mais especificamente, a relação entre crédito rural e crescimento agropecuário dos municípios do Brasil entre 2003 e 2016. De forma que o estudo é divido entre duas análises: a relação entre crédito rural e produção agropecuária, e crédito agrícola e produtividade agrícola. Para tal, o trabalho foi dividido em dois ensaios. No primeiro ensaio é desenvolvida uma análise exploratória de dados espaciais (AEDE), com o principal intuito de verificar os padrões de correlação espacial para a primeira e segunda análise. O segundo busca investigar qual a relação estrutural das duas análises, de forma que cada análise foi constituída por um modelo econométrico; onde os dois modelos são estimados através de uma regressão com dados em painel de efeitos fixos e uma regressão quantilica condicional com dados em painel. Com base no primeiro ensaio, verificou-se que há uma correlação espacial positiva relevante entre crédito rural e produção agropecuária durante o período analisado, em detrimento da correlação espacial entre crédito agrícola e produtividade agrícola, que se mostrou irrisória. Com o segundo ensaio, foi possível observar que há um impacto positivo expressivo do crédito rural sobre a produção agropecuária municipal, de forma que apenas o crédito rural em investimento contribui para diminuir as desigualdades dos municípios em termos de VAB agropecuário. Também foi possível verificar que há um impacto positivo expressivo do crédito agrícola sobre a produtividade agrícola municipal, e que nesse caso o crédito agrícola, em custeio e investimento, contribui para diminuir as desigualdades dos municípios do Brasil em termos de VAB agropecuário.
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JULIANA LIMA DE ANDRADE
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Estrutura Produtiva de Minas Gerais:
uma Análise dos Territórios de Desenvolvimento para os anos 2006-2016
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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As disparidades econômicas regionais constituem um entrave ao desenvolvimento da nação. Em relação a Minas Gerais, dados do IBGE referentes ao PIB de 2016 apontam que o Estado ocupa a terceira posição dentre os mais ricos do país, todavia, possui disparidades significativas quanto à distribuição de suas atividades produtivas. O presente trabalho busca analisar a dinâmica setorial e os fatores locacionais determinantes da distribuição espacial das atividades produtivas no Estado de Minas Gerais, à luz das principais teorias de análise regional, além de uma revisão bibliográfica a cerca processo de desconcentração produtiva, verificada na década de 1970, bem como o impacto das diferentes orientações de política econômica adotadas e as profundas mudanças que atingiram o país a partir da década de 1980, dentre as quais a globalização, a abertura comercial e a reestruturação de seu parque produtivo, responsáveis pela intensificação das disparidades entre as regiões brasileiras. Assim, buscou-se investigar a ocorrência de especialização ou diversificação das atividades produtivas por meio do cálculo dos quocientes locacionais para os anos 2006, 2011 e 2016. Em seguida, realizou-se uma análise do crescimento econômico dos territórios de desenvolvimento de Minas Gerais em termos de sua estrutura produtiva através do método Diferencial-Estrutural, utilizando o emprego formal como variável-base. Os resultados apontam para uma elevada concentração produtiva no Território Metropolitano, apesar da diversificação das atividades produtivas verificadas em todos os territórios de desenvolvimento, além de particularidades na evolução da estrutura produtiva em cada território, evidenciando a multiplicidade de setores e orientações presentes na dinâmica de desenvolvimento do Estado.
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EMANUEL JHONATA GOMES DA SILVEIRA
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Efeitos da atividade turística no Brasil: uma abordagem de shift-share econométrica (2006-2016)
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Orientador : LUIZ CARLOS DE SANTANA RIBEIRO
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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Diante dos efeitos macroeconômicos criados pelo turismo, sobretudo de modo benéfico, a prática da atividade turística cada vez mais se faz presente quando o quesito é alcançar o desenvolvimento econômico. Assim, tendo que algumas microrregiões sejam mais dinâmicas que outras, no tocante ao grau de especialização e vantagens competitivas nos serviços turísticos oferecidos. Diante disso, o problema de pesquisa que se coloca é: por que algumas microrregiões são especializadas ou competitivas em turismo em detrimento de outras? Como hipótese sugere-se que microrregiões mais desenvolvidas no setor turístico tendem a ter baixos transbordamentos espaciais na geração de empregos formais, uma vez que o emprego desta atividade é eminentemente local. Os objetivos deste trabalho, portanto, são: verificar a distribuição do emprego formal do setor turístico nas microrregiões brasileiras, decompor o crescimento do emprego formal das atividades turísticas entre 2006-2016 nos componentes de especialização e competição, construir um modelo econométrico espacial para explicar esses efeitos e identificar, eventualmente, transbordamentos espaciais entre as microrregiões. Em posse dos resultados buscar-se-á a identificação de padrões estruturais do setor no sentido de serem sugeridas políticas adequadas à realidade regional que cada microrregião possui, determinando os serviços turísticos como um setor que apresente vantagens competitivas e de especialização, visando o desenvolvimento do turismo especialmente nas regiões pouco dinâmicas, dado a vizinhança geográfica pertinente.
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SAMUEL FERNANDES LUCENA VAZ CURADO
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Teoria dos ciclos econômicos: a economia brasileira entre 2003 e 2018.
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Orientador : ANTON PETER MULLER
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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O ciclo econômico constitui um dos principais campos da ciência econômica. Esta dissertação debate teorias dos ciclos de orientações keynesiana e austríaca. Segundo os economistas keynesianos, os ciclos são consequência de flutuações da confiança e das expectativas e devem ser respondidos com políticas econômicas anticíclicas. Para desenvolver esta corrente, o trabalho recorre às contribuições originais de Keynes, ao modelo IS-LM e a considerações pós-keynesianas sobre o ciclo. Para os economistas austríacos, as flutuações de curto prazo são naturais, mas o ciclo econômico é causado por desequilíbrios no mercado monetário e no sistema de preços. Como desenvolvimento da teoria austríaca, o trabalho faz uma exposição do modelo GSMS. A análise empírica do trabalho aborda a economia brasileira entre 2003 e 2018. Apesar de taxas elevadas de crescimento num primeiro momento, a economia chega aos últimos anos da década de 2010 estagnada, sem conseguir aumentar sua produção e com um alto número de desempregados. O objetivo é relacionar o aumento do crédito e da moeda durante o período proposto com as fases de expansão e retração econômica, no contexto do sistema de metas de inflação. O trabalho propõe a investigação das motivações por trás das políticas macroeconômicas, buscando identificar o discuso oficial do governo. Para tanto, propõe-se a leitura das atas das reuniões do Copom e de discursos e leis relevantes ao longo do período. Além disso, utiliza-se de revisão bibliográfica e estatística descritiva. A dissertação indica pontos de concordância entre austríacos e keynesianos, como o excesso de investimentos infundados na fase de alta do ciclo e a tese da não neutralidade da moeda. Os resultados empíricos apontam que o Copom, ao seguir o sistema de metas de inflação, ignorou o crescimento excessivo da oferta monetária.
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ANTONIO ZACARIAS BATISTA DE OLIVEIRA
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ENSAIOS SOBRE OS EFEITOS DA ATIVIDADE MINERADORA SOBRE A EFICIÊNCIA E O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NOS MUNICÍPIOS BAIANOS.
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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A presente dissertação é composta por dois ensaios estruturados de forma independente, que trazem análises sobre a natureza dos efeitos da aplicação dos royalties da mineração no processo de desenvolvimento dos munícipios baianos. Embora estejam relacionados, no primeiro será analisada a natureza de tais efeitos na evolução dos níveis de desenvolvimento socioeconômico municipal entre 2005 a 2015. Além trazer as discussões em torno dos impactos da indústria extrativa no desenvolvimento socioeconômico, adota como estratégia metodológica um modelo linear econométrico de dados em painel para efeitos fixos. A fim de verificar se há correlação entre arrecadação e uso de CFEM e os incrementos nos níveis de desenvolvimento municipal. O modelo tem como variável explicada o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal consolidado (IFDM GERAL). E como variáveis explicativas os valores arrecadados da CFEM e o PIB Municipal, ambas divididas pela população municipal. Incluindo também uma variável categórica para diferenciar municípios arrecadadores de não arrecadadores de CFEM. Os resultados apontam que, embora as regressões múltiplas tenham sido significativas a todos os níveis de significância, os pesos das variáveis explicativas são muito pequenos. Inclusive da variável categórica, o que sugere não haver muita diferença entre os municípios arrecadadores e não arrecadadores. Por sua vez, o segundo ensaio analisa a natureza dos efeitos da aplicação dos royalties da mineração na eficiência dos municípios baianos, no que se refere à promoção do desenvolvimento econômico entre 2010-2015. Para tanto, é adotada como estratégia metodológica a Análise Envoltória de Dados – Data Envelopment Analysis (DEA) ou Frontier Analysis, com efeitos variáveis à escala (BCC) orientada para o produto, e combinada com a metodologia do Índice de Malmquist de produtividade. Possibilitando uma análise intertemporal. O modelo teve com variável input a relação Arrecadação CFEM/APU Municipal. e como variáveis outputs (independentes) o IFDM – Educação, IFDM – Emprego e Renda e o IFDM – Saúde. Os resultados obtidos sugerem que os munícipios arrecadadores estudados, em sua maioria (aproximadamente 75%), foram eficientes. Ainda que, não tenham obtido incrementos significativos nos seus níveis de desenvolvimento.
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VALÉRIA ANDRADE SILVA
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SAÚDE, ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E CRESCIMENTO ECONÔMICO: UMA ANÁLISE PARA OS ESTADOS BRASILEIROS (1990-2015)
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Orientador : FERNANDA ESPERIDIAO
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Data: 21/02/2019
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Dissertação
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O objetivo deste trabalho é avaliar a relação entre o envelhecimento populacional, a saúde e o crescimento econômico nos estados brasileiros entre 1990 e 2015. A literatura chama a atenção para o fato de que o processo de envelhecimento populacional, que ocorre em todos os países, é caracterizado pela mudança nos padrões de morbidade e mortalidade da população. Assim, concomitante a esse processo, é observada a transição epidemiológica, na qual há uma redução das doenças infectocontagiosas e um aumento das doenças crônicas degenerativas. Todas essas modificações provocam efeitos significativos sobre as variáveis sociais e econômicas. No entanto, a literatura mostra que existe uma dualidade no sentido dos efeitos tanto da saúde quanto do envelhecimento populacional sobre o crescimento econômico. Para observar esse comportamento, foi proposto dois métodos em dados em painel para os estados brasileiros, quais sejam: (i) o método System GMM (método generalizado dos momentos) desenvolvido por Blundell e Bond (1998) e, (ii) Regressão Quantílica por Canay (2011), sendo que, para esta última, foram utilizadas janelas de tempo. No modelo System GMM é utilizado o logaritmo do PIB real per capita como variável dependente, e na Regressão Quantílica, a taxa de crescimento do PIB real per capita, ambos para captar também, a convergência de renda. Os resultados obtidos neste trabalho indicam que, nos estados brasileiros, o aumento da proporção de idosos e da razão de dependência não têm causado redução do PIB real per capita, embora, quando observada a relação destas variáveis, com defasagem de tempo, há um efeito negativo. De forma global, os efeitos são positivos, indicando que, no Brasil, no período de 1990 a 2015, o envelhecimento populacional não causou uma redução da economia, o que pode estar relacionado ao fato de que ainda se tem uma maior proporção da população em idade ativa, dado que se está passando pelo bônus demográfico. Observa-se também, que o aumento da população com 65 anos ou mais possui um efeito positivo sobre a distribuição da taxa de crescimento do PIB real per capita, mas, ao mesmo passo, possui um efeito de aumento das desigualdades entre as mesmas, dispersando-as. Com relação à saúde, a taxa de mortalidade infantil não se mostrou com um efeito relevante sobre o crescimento econômico. Conclui-se que, no Brasil, os efeitos do aumento da população idosa ainda não são tão aparentes, mas, não deixa de apresentar-se como um alerta, uma vez que existe uma tendência ao aumento dessa população em detrimento da população em fase ativa, o que poderá ter efeitos futuros negativos, se não houverem investimentos em capital humano, como saúde e educação, e em melhorias no sistema de proteção social.
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