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Descrição |
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ALYSSON FELIPE BEZERRA LÔBO
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"PETROGRAFIA E QUÍMICA MINERAL DE ROCHAS CALCIOSSILICÁTICAS NO DOMÍNIO MACURURÉ, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO"
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Orientador : HERBET CONCEICAO
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Data: 24/08/2019
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Dissertação
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Nos afloramentos dos metassedimentos (ardósias, filitos e quartizitos) e nos xistos do Domínio Macururé são frequentemente observadas a presença de rochas calciossilicáticas (RCS) formando camadas centimétricas e concordantes com o acamamento sedimentar primário. Foram selecionadas 9 amostas de RCS em diferentes regiões do Domínio Macururé para este estudo. A petrografia permitiu identificar a presença de três grupos distintos de RCS. No primeiro grupo, as rochas preservam a mineralogia e estrutura sedimentares, sendo formadas por fragmentos angulosos de rocha, fenoblastos de quartzo e muscovita imersos em matriz de granulação fina. O segundo grupo é composto por amostras que mostram as feições do metamorfismo regional, e aparentemente é o tipo mais abundante, e os minerais presentes são: diopsídio, hornblenda, quartzo, muscovita, minerais opacos e zircão. O terceiro grupo é formado por amostras que apresentam texturas de metamorfismo estático e as rochas são formadas por quartzo, hornblenda, granada, muscovita, biotita, plagioclásio, carbonato, muscovita, zoisita, tendo como minerais acessórios são apatita, ilmenita, zircão. O plagioclásio destas rochas apresentam composições variando albita a oligoclásio, anfibólios (Mg-hornblenda, edenita, Tschermakita); a mica marrom corresponde a biotita e flogopita; epídotos (Al-epídoto e zoisita) e as granadas apresentam composições indicativas de equilíbrio nas fácies xisto verde e anfibolito. Varias reações são apresentadas para explicar a formação dos minerais metamórficos nestas rochas, considerando-se os minerais inclusos.
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CÁSSIO BRENER ANDRADE ALMEIDA
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EVIDÊNCIAS DE MINGLING NA UNIDADE GENTILEZA, DOMÍNIO CANINDÉ, FAIXA DE DOBRAMENTOS SERGIPANA
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Orientador : ADRIANE MACHADO
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Data: 19/08/2019
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Dissertação
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A Faixa de Dobramentos Sergipana (FDS) está localizada na região nordeste do Brasil e se caracteriza como um cinturão de dobramentos e cavalgamentos pré-cambriano, formado a partir da colisão continental entre o Cráton Congo-São Francisco e o Maciço Pernambuco-Alagoas, durante a Orogenia Brasiliana/Pan-Africana. A FDS apresenta complexidade geológica evidenciada por cinco domínios estruturais e litológicos denominados de Canindé, Poço Redondo-Marancó, Macururé, Vaza Barris e Estância. O Domínio Canindé (DC) está situado na região setentrional da FDS e possui forma alongada, direção NW-SE, paralelo ao Rio São Francisco (SE), com 4 a 10 km de largura, composto pelas unidades Novo Gosto-Mulungú, Gentileza e Suíte Intrusiva Gabróica, além de granitos diversos que intrudem as unidades mais antigas do domínio. O objeto de estudo deste trabalho são os afloramentos de corte de estrada, com 1,4 Km de extensão, situados ao longo da rodovia SE-200, ao norte da cidade de Canindé do São Francisco (SE). O objetivo do trabalho foi identificar e caracterizar a mineralogia, os aspectos texturais e as feições demingling presentes nos afloramentos, resultantes da interação de um termo máfico (anfibolito – Unidade Gentileza) e félsico (metamonzogranito/ metasienogranito - Granito Boa Esperança). As etapas de trabalho contemplaram oito trabalhos de campo, estudos macro e microscópicos e análise geoquímica de rocha total. As feições de mingling observadas nos afloramentos são estrutura tipo pillow, filtragem-prensagem e porções complexas com injeções félsicas. O anfibolito da Unidade Gentileza é maciço e granular, por vezes foliado, com textura equigranular média a fina. Microscopicamente, o anfibolito é inequigranular, hipidiomórfico, com mineralogia composta por hornblenda (28-56,7%), biotita (1,2-12,1%), plagioclásio (18,3-39,9%), quartzo (0,2-6,5%), minerais opacos (0,4-5,4%), titanita (0,8-4,5%), zircão (< 1%), apatita (0,3-1,6%), sericita (0-7,9%), clorita (0-2,3%), epidoto (< 1%) e carbonato (0-3%). O metamonzogranito (Granito Boa Esperança) é maciço, coloração que varia de bege a rosa-amarelado claro e é inequigranular. Microscopicamente, o metamonzogranito possui granulometria média a grossa, composto por quartzo (36,5-38,5%), K-feldspato (20,4-33,3%), plagioclásio (19,3-27,6%), biotita (1,6-3,8%), minerais opacos (1,5-3,2%), titanita (0,3-1,3%), apatita (0,2-0,3%), sericita (5,8-7,1%), epidoto (0,2-0,6%) e clorita (0,2-0,6%). O metasienogranito (Granito Boa Esperança) possui cristais inequigranulares e granulometria fina a média, composto por quartzo (47%), K-feldspato (34%), plagioclásio (5%), biotita (1%), minerais opacos (2%), titanita (1%), apatita (1%), sericita (8%) e epidoto (1%). Os dados geoquímicos indicam que o protólito dos anfibolitos corresponde, em sua maioria, à andesitos basálticos e andesitos. No diagrama multi-elementar de elementos-traço, as amostras de anfibolito apresentam um padrão de enriquecimento de LILE e de HFSE em relação aos ETRP, com anomalias negativas de Ta, Ti e P, e positiva de La. O padrão de ETR para o anfibolito mostra enriquecimento de ETRL em relação aos ETRP. Os dados geoquímicos dos anfibolitos são compatíveis com magmas gerados em ambiente geotectônico do tipo intraplaca continental, possivelmente representado por um rifte continental, enquanto que os dados do metamonzogranito/metasienogranito sugerem um magma gerado em ambiente de granitos de arcos vulcânicos.
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FÁBIO BEZERRA DAMASCENO
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"PETROGRAFIA, QUÍMICA MINERAL, GEOQUÍMICA E ISÓTOPOS DE S DAS MINERALIZAÇÕES DE Cu-Ni DO COMPLEXO GABRÓICO CANINDÉ, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO"
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Orientador : CARLOS DINGES MARQUES DE SA
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Data: 16/08/2019
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Dissertação
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O Complexo Gabroico Canindé (CGC) é um corpo máfico-ultramáfico que apresenta mineralizações de Cu-Ni, localizado no nordeste do Brasil. Com cerca de 240 km2, o CGC é intrusivo em rochas metavulcanossedimentares do Domínio Canindé (DC), no Sistema Orogênico Sergipano. Sua colocação ocorreu durante um evento distensional intracontinental a 690 ± 16 Ma. É constituído por uma diversidade de rochas gabroicas que têm como minerais principais plagioclásio, anfibólio e piroxênio, como minerais assessórios são observados óxidos e sulfetos, além de uma assembleia mineralógica secundária. Os resultados mineraloquímicos permitiram a identificação de diversos sulfetos, de Fe-Zn-Cu-Ni, onde a mineralização de Cu-Ni ocorre representada por calcopirita (FeCuS2) e pentlandita ((Fe,Ni)9S8), que ocorrem de forma disseminada nos gabros. Os dados obtidos determinaram que os sulfetos de Cu-Ni primários apresentam suas bordas alteradas para spionkopita (Cu39S28) e violarita (FeNi2S4), resultado de um processo de oxidação por fluido hidrotermal, em evento pós-magmático. As análises geoquímicas indicaram que as rochas são básicas a ultrabásicas, variando de gabro a gabro-peridotítico, com comportamento de óxidos indicando processos de cristalização fracionada. A composição isotópica do enxofre situa-se entre 1,3‰ < δ34S < 2,7‰, mostrando uma fonte de S não magmática, associando a δ34S ao contexto geológico e dados de campo, foi possível propor que houve enriquecimento em S relacionado a contaminação crustal pela assimilação de folhelhos negros da unidade encaixante do DC. Os nossos resultados permitiram propor um modelo metalogênico para estas ocorrências, onde classificou-se estas mineralizações como magmáticas com adição de enxofre por contaminação crustal, apresentando um posterior enriquecimento em Cu-Ni associado remobilização de elementos devido a exposição à fluidos hidrotermais.
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DOUGLAS BARRETO DE OLIVEIRA
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"PETROLOGIA DO STOCK SERRA DA VACA, DOMÍNIO POÇO REDONDO, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO"
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Orientador : HERBET CONCEICAO
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Data: 26/07/2019
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Dissertação
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O StockSerra da Vaca (SSV) aflora por 19 km2é alongado NE-SW e localiza-se no Domínio Poço Redondo, no Sistema Orogênico Sergipano. O SSV é intrusivo nos migmatitos de Poço Redondo e nos granitos do Batólito Poço Redondo. O SSV é constituído predominantemente por biotita granodioritos, com álcali-granito e sienogranitos subordinados. As rochas do SSV apresentam cor cinza estrutura dominante isotrópica e textura equigranular. A mineralogia essencial dessas rochas é composta por plagioclásio, microclina e quartzo. Os minerais acessórios são epídoto, zircão, apatita e minerais opacos. O plagioclásio apresenta zonação normal, indicativo de cristalização fracionada e as suas composições variam de albita nas rochas mais evoluídas e andesina nas menos evoluídas. O feldspato alcalino é pertítico e as exsoluções têm composições próximas aos polos puros de albita e ortoclásio. A biotita é máfico principal nas rochas e tem razão Fe/(Fe+Mg) variando de 0,47-0,84 e Altotal de 2,859-3,927 átomos por fórmula unitária. Estas composições indicam que os cristais de biotita são primários e primários reequilibrados e cristalizada a partir de magma cálcio-alcalino. A presença do epídoto primário (19,9<%Ps<28,85) sugere condições de cristalização oxidantes e a pressão mínima de 5 kb (~25 km). Os dados geoquímicos indicam que as rochas do SSV são fortemente evoluídas (70%<SiO2<77,5%), peraluminosas e magnesianas. A filiação magmática dos granodioritos é cálcio-alcalina de alto K, enquanto que os termos mais evoluídos apresentam afinidade shoshonítica, sugerindo que a cristalização do feldspato alcalino seja tardia. Os dados químicos de elementos maiores sugerem que o magma SSV tenha se formado a partir da fusão de protólitos ígneos. As razões 11<(La/Yb)N <70 dos granodioritos e álcali granito indicam forte fracionamento. As anomalias de Eu são pouco pronunciadas para a maioria das amostras do SSV (0,57<Eu/Eu*<0,97), a exceção do álcali-granito e sienogranitos que exibem forte anomalia negativa (0,16-0,30). A relação entre elementos traços (Th, Ta, Hf, Y, Nb, R, Rb) indica que esses granitos foram gerados em ambiente orogênico e um período pós-colisional.
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FRANCIELY DA SILVA SANTOS
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EVOLUÇÃO DO TAMANHO CORPORAL DOS AMONOIDES (MOLLUSCA, CEPHALOPODA) DA BACIA SEDIMENTAR DE SERGIPE-ALAGOAS AO LONGO DO CRETÁCEO
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Orientador : ALEXANDRE LIPARINI CAMPOS
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Data: 05/07/2019
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Dissertação
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Dentro dos estudos macroevolutivos, o tamanho corporal tem sido considerado um dos fenótipos mais diagnósticos na compreensão da interação dos organismos com o ambiente diante da influência dos princípios físicos, ecológicos e evolutivos. Para a determinação dos padrões evolutivos de tamanho corporal, os fósseis são as principais ferramentas que possibilitam visualizar as variações morfológicas ao longo do tempo geológico. Um dos padrões evolutivos mais expressivos, a Regra de Cope, corresponde a uma tendência ao aumento corporal dos organismos ao longo do tempo geológico, expresso como uma vantagem adaptativa. Alguns modelos evolutivos incluem o equilíbrio pontuado, estases e Ornstein-Uhlenbeck,que já foram documentados em diferentes grupos de organismos. A Bacia de Sergipe-Alagoas apresenta um rico e abundante conteúdo fossilífero de organismos marinhos, principalmente de moldes de conchas externas dos extintos amonoides, em um intervalo temporal de pelo menos 25 Ma (Aptiano superior ao Campaniano). Devido à abundância nos registros das rochas cretáceas da Bacia de Sergipe-Alagoas, os amonoides foram selecionados para serem investigados nesse trabalho. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi investigar se o tamanho das conchas de amonoides variaram ao longo do Cretáceo, a partir da técnica de morfometria geométrica, bem como, averiguar por qual modo ocorreu a evolução de seu tamanho corporal. Foram analisados 2045 fósseis, sendo adquiridas as fotografias de 506 amonoides selecionados. Os fósseis selecionados são de diferentes espécies, tombados no Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal de Sergipe, compreendendo as idades, Aptiano tardio ao Turoniano/Coniaciano (entre ~115 Ma e 90 Ma). As imagens foram tratadas nos softwares TPSutil e TPSdig, inserindo sete marcadores anatômicos em cada foto, em vista lateral, obtendo assim um valor de centroide (Cs) para cada fóssil. A análise morfométrica e a investigação dos modelos evolutivos foram realizadas na plataforma R utilizando respectivamente os pacotes “geomorph” e “PaleoTS”. Os resultados mostraram um aumento no tamanho corporal dos amonoides ao longo do Cretáceo da Bacia de Sergipe-Alagoas e o modelo que melhor representa o padrão evolutivo do tamanho corporal dos amonoides foi o equilíbrio pontuado. Diante do cenário paleoambiental da Bacia de Sergipe-Alagoas durante o Cretáceo, as possíveis causas para o aumento do tamanho corporal estão relacionadas com eventos geológicos e/ou paleoambientais que ocorreram no momento da pontuação (94 Ma). Portanto, a ampliação dos mares ao longo do Cenomaniano e possíveis eventos de extinção ao final do mesmo poderia ter levado ao deslocamento do tamanho ótimo dos amonoides da Bacia de Sergipe-Alagoas.
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DIEGO MELO FERNANDES
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PETROGÊNESE DO STOCK FAZENDA LAGOAS, CENTRO NORTE DO DOMÍNIO MACURURÉ, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO
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Orientador : HERBET CONCEICAO
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Data: 15/06/2019
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Dissertação
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O StockFazenda Lagoas (SFL), com 20 km2, tem idade de cristalização de 623±4 Ma e éintrusivo nos metassedimentos do Domínio Macururé. O seu contato a norte é afetado pela Zona de Cisalhamento Belo Monte-Jeremoaboque gnaissifica as rochas do SFL. O SFL é essencialmente constituído porquartzo monzonitos, tendo monzogranitose granodioritos subordinados. Os enclavesmicrogranulares são abundantes e correspondem a dioritos. As rochas podem apresentar textura porfirítica e a mineralogia registra deformação no estado sólido a qual foi associada ao cisalhamento regional (kinksem plagioclásio, rotação de felspatos e biotita, ribbonem quartzo). Os cristais de plagioclásio exibem zonações cíclicas normal e inversa e o feldspato alcalino zonação inversa. A composição do plagioclásio varia de oligoclásio-andesina nos monzonitos e nos enclaves varia de oligoclásio-labradorita. A composição da biotitamarromindica origem à partir de magma orogênico.Os anfibólios ígneos correspondem a pargasitae edenita, a barometria comalumínio totalindicou pressões que variam 6,7-7,8 kbar (15-25km) para os monzonitos e de 7,2-9,8 kbar (20-30 km) para os enclaves. A geoquímica indicou afinidade shoshonítica e cálcio-alcalina de alto potássio o magma formador do SFL. Texturas e evolução geoquímica indicam atuação dos processos de cristalização fracionada e mistura entre magmas félsico (monzonito) e máfico (dioritos) foram importantes na formação das rochas do SFL.
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LAÍSA PEIXOTO RAMOS
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"GEOMORFOLOGIA DA ZONA COSTEIRA DO SUL DO ESTADO DE SERGIPE"
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Orientador : ANA CLAUDIA DA SILVA ANDRADE
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Data: 30/04/2019
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Dissertação
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A zona costeira constitui um ambiente que naturalmente atraí pessoas devido, principalmente,às suas belezas e aos recursos naturais. Como consequência da ocupação humana, informações relevantes sobre a geologia e geomorfologia, a exemplo de dunas e manguezais, estão sendo perdidas. O mapa geomorfológico constitui um inventário dos aspectos do substrato e dos processos que ocorrem em uma determinada região. Assim, os objetivos deste trabalho foram: (i) refinar o mapa geológico-geomorfológico existente utilizando técnicas de sensoriamento remoto; (ii) caracterizar o substrato sedimentar; (iii) confeccionar um mapa geomorfológico da zona costeira do sul do Estado de Sergipe. A metodologia incluiu: processamento digital de imagens (PDI), modelo digital de terreno (MDT), trabalho de campo, análise granulométrica e estatística dos sedimentos, confecção do mapa geomorfológico. A partir da análise e integração dos dados obtidos pelas técnicas de processamento digital de imagens e modelo digital de terreno foi possível refinar, redefinir e renomear as unidades geomorfológicas. A zona costeira do sul de Sergipe apresenta duas unidades geomorfológicas: tabuleiros costeiros e planície costeira, que estão em contato entre si por falésias inativas. A planície costeira foi dividida em sete subunidades: terraços marinhos internos, dunas pretéritas, terras úmidas/lagoa, terraços marinhos externos, dunas atuais/interdunas, planícies de maré/manguezais e praias. Em função das diferentes características geomorfológicas e sedimentológicas das unidades/subunidades mapeadas, cada unidade apresentou uma resposta para o processamento digital de imagens e o modelo digital de terreno. No processamento digital de imagens foi possível perceber as diferenças entre: (i) tipos de vegetação existentes na área de estudo, destacando-se principalmente os manguezais; (ii) locais com substrato arenoso exposto, como dunas atuais e praias, devido ao comportamento espectral das areias quartzosas; (iii) áreas com “água limpa” e “água com sedimento em suspensão”, como terras úmidas e lagoa e (iv) alinhamentos e truncamentos dos cordões litorâneos internos e externos. O modelo digital de terreno foi de especial importância para destacar as unidades com diferenças topográficas, como tabuleiros costeiros, dunas pretéritas e dunas atuais. Este trabalho ressaltou a importância do sensoriamento remoto e da utilização de suas técnicas para o aprimoramento do mapeamento geomorfológico de zonas costeiras.
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JOÃO PAULO DA SILVA SANTOS
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"LINHA DE COSTA E FAIXA DE PROTEÇÃO À EROSÃO COSTEIRA: ESTUDO DE CASO NAS PRAIAS DO SACO, DO ABAÍS E DA CAUEIRA, SUL DE SERGIPE"
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Orientador : ANA CLAUDIA DA SILVA ANDRADE
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Data: 30/04/2019
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Dissertação
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A linha de costa do sul de Sergipe, limitada ao norte e ao sul pelas desembocaduras dos rios Vaza Barris e Piauí/Real, apresenta comportamento de erosão, acumulação ou estabilidade. Os eventos de erosão costeira provocam danos nas estruturas antrópicas. Os métodos de contenção, a exemplo das faixas de proteção que necessitam de dados de taxa de variação da linha de costa, são recomendados para as áreas sob recuo. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram identificar o comportamento da linha de costa e verificar a eficiência de faixas de proteção nas praias do Saco, do Abaís e da Caueira no sul de Sergipe. A metodologia consistiu no(a): (i) análise multitemporal da linha de costa (1971 a 2017) com o uso de imagens de satélites e fotografias aéreas, (ii) cálculo da taxa e do envelope de variação da linha de costa, (iii) análise conjunta da morfologia dos deltas de maré vazante e da linha de costa situados na desembocadura dos rios Piauí/Real e (iv) análise da eficiência do uso de faixas de proteção por dois métodos distintos: largura fixa de 33 m (método 1) e, largura obtida pela taxa de variação da linha de costa e pelo tipo de construção (método 2). Estas faixas, demarcadas na retaguarda da linha de costa de 1971, foram comparadas com a linha de costa de 2017. No período investigado, a taxa de variação da linha de costa, para as praias do Saco, do Abaís e da Caueira foram de -14,8 a +13,6 m/ano, -0,15 a +2,02 m/ano e -0,37 a -2,44 m/ano, respectivamente. Os valores do envelope de variação foram de 57 a 409 m para a praia do Saco; de 19 a 95 m para a praia do Abaís e de 22 a 125 m para a praia da Caueira. O maior valor do envelope na praia do Saco refletiu a condição de elevada variabilidade morfológica em linhas de costa contíguas às desembocaduras fluviais. As praias investigadas apresentaram comportamento de acresção, estabilidade, erosão e erosão extrema. A análise conjunta da morfologia dos deltas de maré vazante e das linhas de costa corroborou a existência de influência da dinâmica do delta na configuração da linha de costa da praia do Saco. O cenário erosivo mais preocupante ocorreu e, ainda ocorre, na praia do Saco, que apresentou trechos com erosão extrema. As causas dos eventos erosivos são diversas e associadas ao balanço sedimentar negativo. A largura da faixa de proteção pelo método 1 teria evitado danos nas estruturas antrópicas das praias do Abaís e da Caueira, porém não teria sido suficiente na porção sul da praia do Saco. Por outro lado, o método 2 mostrou valores inferiores a 33 m apenas na praia do Abaís. Sendo assim, se as faixas de proteção (método 2) tivessem sido implementadas em 1971, muitos dos danos às estruturas antrópicas teriam sido evitados. Dessa forma, os dados deste trabalho servem de subsídios ao planejamento ambiental da área de estudo.
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TATIANA MENEZES DA SILVA
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"IDENTIFICAÇÃO DAS DEFORMIDADES DENTÁRIAS EM FÓSSEIS DE TUBARÕES DA FORMAÇÃO CALUMBI (CRETÁCEO SUPERIOR), BACIA SERGIPE-ALAGOAS E POSSÍVEIS CAUSAS ASSOCIADAS"
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Orientador : ALEXANDRE LIPARINI CAMPOS
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Data: 15/03/2019
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Dissertação
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O Oceano Atlântico Sul foi formado ao longo do período Cretáceo e parte de sua história é preservada na sub-bacia sedimentar de Sergipe. Uma de suas formações geológicas mais recentes é a Formação Calumbi (Campaniano ao Recente). O Calumbi-1 (CAL01) é um dos afloramentos dessa unidade, localizado a 1 km ao sul do entroncamento entre a estrada Calumbi e da Ferrovia Centro Atlântica, em Nossa Senhora do Socorro, Sergipe. O CAL01 possui uma diversidade de registros fósseis, incluindo dentes de tubarões. Através dos dentes fossilizados é possível identificar e classificar tais organismos estudando a sua morfologia, e também inferir sobre a preferência alimentar desses seres. Através da morfologia, também é possível reconhecer dentes patológicos. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi comparar e descrever dentes fósseis de tubarões com indicações de anomalias dentárias. Os objetivos específicos foram apresentar as possíveis causas associadas à anomalia e a frequência de deformidades dentárias por gênero e/ou espécie identificada. O material aqui descrito está alojado no Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal de Sergipe (LPUFS), sendo proveniente de coletas realizadas durante anos de estudos no CAL01. Foram analisados 2.116 dentes fósseis, sendo que 0,75% apresentaram deformidades dentárias. Observou-se que 16 dentes de Squalicorax pristodontus, Squalicorax kaupi, Cretolamna appendiculatae Serratolamna serrata(combinadas) tinham alguma anomalia como ausência do sulco nutritivo, cúspides laterais não desenvolvidas, inversão de polaridade, cúspide arredondada, cúspide curvada, ausência de cúspide, coroa reduzida, dentículos extranumerários, concavidade basal profunda e formato assimétrico. As causas mais prováveis reconhecidas para tais anomalias foram doenças, tipo de dieta, mutações genéticas ou deficiências nutricionais, sendo as mais recorrentes, para os dentes analisados, relacionadas à dieta durofágica, provocando ferimentos nos tecidos formadores dos dentes.
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ISABEL CRISTINA BEZERRA SANDES SILVA
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"CICLOS ISOTÓPICOS E TAXA DE CRESCIMENTO EM Mussismilia hispida (VERRILL, 1902): UM REGISTRO PARA O ATLÂNTICO SUL"
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Orientador : ALEXANDRE LIPARINI CAMPOS
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Data: 28/02/2019
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Dissertação
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Esqueleto de corais escleractínios incorporam dados geoquímicos capazes de registrar com precisão mudanças ambientais, possibilitando a reconstrução climática da história dos oceanos tropicais, auxiliando na compreensão das atuais mudanças climáticas globais. Essas assinaturas geoquímicas (e.g. isótopos de carbono (δ13C) eoxigênio (δ18O) podem revelar informações sobre a temperatura da superfície do mar (TSM), salinidade, cobertura de nuvem, entre outras. O Atlântico Sul Tropical ainda possui uma carência de estudos paleoclimáticos utilizando arquivos com base em corais. Esta pesquisa objetiva estimar a taxa de crescimento e investigar as alterações dos δ13C e δ18O incorporados no esqueleto do coral Mussismilia hispidadurante seu crescimento, na região do Atol das Rocas, além de verificar o potencial de uso desses dados como proxyno estudo de variações ambientais. Para tanto, foram utilizadas três colônias de M. hispida(MH1, MH2 e MH3), nas quais foram feitas amostragens a cada 5 mm com uma microfuradeira de dentista, o carbonato retirado foi armazenado e analisado no Laboratório de Isótopos Estáveis da Universidade Federal de Pernambuco por espectrometria de massa determinando os valores do δ13C e δ18O. As médias obtidas para o δ13C foram (0,91‰, 0,40‰ e 0,57‰) e δ18O (-3,29‰, 4,09‰ e -4,27‰), para as colônias 13MH1, 13MH2 e 13MH3 respectivamente. Além disso, foram estimadas a taxas de crescimento médio (mm/ciclo) e o número de ciclos para: 13MH1 2.83 ±0.51; 13MH2 3.21±0.86; and 13MH3 3.71±0.82.Doponto de vista para utilização de corais como arquivo climático a espécie possui uma taxa de crescimento suficiente para a obtenção de informações de alta resolução.A fim de consolidar essa espécie como um arquivo natural confiável é necessário expandir as investigações aqui realizadas para outras regiões do nordeste brasileiro.
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FÁBIO DOS SANTOS PEREIRA
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"PETROGÊNESE DA SUÍTE MÁFICA DO DOMÍNIO MACURURÉ, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO, SETOR SUL DA PROVÍNCIA BORBOREMA"
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Orientador : MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA
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Data: 19/02/2019
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Dissertação
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Os plútons Capela (20 km2), Dores (5 km2), Aquidabã (5 km2), Camará (10 km2), Campo Grande (4 km2) e Pedra Branca (1 km2) constituem a suíte máfica do Domínio Macururé, Sistema Orogênico Sergipano. Estes corpos têm formas elípticas e ocorrem estruturados segundo a foliação regional das encaixantes metassedimentares. As idades U-Pb SHRIMP em zircão obtidas para os plútons Capela (631 ± 3 Ma), Aquidabã (636 ± 4 Ma) e Campo Grande (629 ± 9 Ma) indicam a colocação contemporânea das intrusões. Os plútons são constituídos dominantemente por dioritos e gabros, com termos graníticos subordinados. O Plúton Capela difere dos demais pela presença de cumulatos hornblendíticos. A mineralogia dessas rochas é composta por plagioclásio, anfibólio cálcico, biotita magnesiana, enstatita, augita, diopsídio, quartzo e microclina. Almandina rica na molécula de grossulária ocorre apenas nas rochas dos plútons Capela e Dores. Epídoto, titanita, apatita, allanita, zircão, pirita e ilmenita são os principais minerais acessórios. O caráter magnesiano dos silicatos máficos, aliado a presença de epídoto e titanita magmáticos traduz cristalização sob condições de alta fugacidade de oxigênio, próximas ao tampão NNO. Granada cálcica e epídoto magmáticos, em paragênese com anfibólio e plagioclásio reflete pressões de cristalização mínimas de 8 kbar. As composições químicas de piroxênios, anfibólios e biotita indicam afinidade com rochas da série cálcio-alcalina e similaridade com suítes cumuláticas de arco. Dados geoquímicos de rocha total mostram que essas rochas são cálcio-alcalinas de alto potássio a shoshoníticas, magnesianas e metaluminosas a fracamente peraluminosas. Enriquecimento em ETRL em relação ETRP e acentuadas depleções em Nb, Ta e Ti indicam magmatismo relacionado a subducção. A composição de elementos traços sugere que os gabros e dioritos foram gerados por fusão parcial de um manto litosférico subcontinental enriquecido e evoluíram por cristalização fracionada. Os granitos não exibem correlação genética com as rochas máficas e certamente representam líquidos gerados durante a colocação dos magmas básicos na crosta continental inferior. Evidências de campo e petrográficas, aliadas a dados geoquímicos e geocronológicos indicam que as rochas máficas do Domínio Macururé se colocaram em estágio cedo a sin-colisional durante a estruturação de um arco continental no Sistema Orogênico Sergipano, a cerca de 630 Ma.
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ISABELA RAMOS SOARES
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"MAPEAMENTO SÍSMICO DA FM. CALUMBI NO CAMPO DE CARAPITANGA, BACIA DE SERGIPE-ALAGOAS (SE)"
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Orientador : FELIPE TORRES FIGUEIREDO
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Data: 31/01/2019
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Dissertação
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O Campo de Carapitanga é produtor de petróleo e gás na Formação Calumbi, inserida no contexto drifte da bacia Sergipe-Alagoas. O campo é classificado como um campo de acumulação marginal e, assim como maioria dos campos terrestre do país, encontra-se com seu estágio de produção em declínio. A Formação Calumbi apesar de ter importante papel na produção de hidrocarboneto na sub-bacia Sergipe, tem sua geologia pouco discutida abertamente, sendo objeto de discussão no tocante ao seu ambiente deposicional e continuidade de reservatório. A análise sísmica, utilizando os conceitos de interpretação sismoestratigráfica como terminações, padrões externos e arquitetura externa de refletores, aliado a revisão bibliográfica acerca de ambientes deposicionais de plataforma costeira e águas profundas, permitiu o reconhecimento e mapeamento de fácies sísmicas no campo de Carapitanga, localizado na foz do Rio São Francisco. Com o reconhecimento e mapeamento desses refletores foi possível identificar a predominância de fácies sísmicas com padrões caóticos e sub-paralelos, que evidenciam através da arquitetura externa, a presença de complexo de canais que se sobrepõem, com preenchimento interno por depósitos de gravidade, e depósitos de extravasamento, resultado do abandono de canais anteriores. Este modelo contrasta com outras áreas de deposição ao sul da bacia em que a Formação Calumbi foi depositada sob condições plataformais influenciada por ondas.
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DANILO DOS SANTOS TELES
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"GEOLOGIA E GEOQUÍMICA DO STOCK SERRA DAS INTÃS, SISTEMA OROGÊNICO SERGIPANO, NE BRASIL"
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Orientador : MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA
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Data: 31/01/2019
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Dissertação
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O Stock Serra das Intãs (SSI) é um corpo de 5 km2, tem forma elipsoide, com orientação NW-SE que ocupa a região axial de um sinforme localizada entre os municípios de Gararu e Porto da Folha. Esse stock é intrusivo nos metassedimentos do Grupo Macururé do Sistema Orogênico Sergipano. O SSI é constituído por muscovita biotita monzogranitos, holeucocráticos de cores cinza esbranquiçada, granulação média a fina, textura equigranular, localmente com estrutura gnáissica. Biotita é o mineral máfico nestas rochas e a muscovita mostra-se associada a biotita, estas micas incluem cristais subédricos de apatita, titanita e zircão. Análises químicas de feldspatos e biotita permitiram identificar a composição dos cristais de plagioclásio como tendo zonação composional normal, variando de albita (An2-10%) até oligoclásio (An10,1-15,4%) e o feldspato alcalino (Or91-94,5%Ab5,4-9,7%) similares ao descritos. Os dados químicos de cristais de biotita permitiram classificá-las como Fe-biotita, primárias reequilibradas associadas a magmas cálcio-alcalinos orogênicos. As rochas são peraluminosas a metaluminosas, e apresentam afinidades com as séries cálcio-alcalinas de alto potássio e shoshonítica, que se posicionam no campo dos granitos cordilherianos magnesianos. Elas apresentam enriquecimento dos LILEs em relação aos HFSE, com vales pronunciados em Nb, Ta, P e Ti; e têm enriquecimento dos ETRLeves em relação aos ETRPesados, com fracas anomalias negativas em Eu. A assinatura geoquímica do SSI é compatível com uma ambiência de arco de granitos sin-colisionais.
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GERMAN MENESES HERNANDEZ
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"PANORAMA E VANTAGENS DO USO DE ANÁLOGOS DE RESERVATÓRIO DE ÁGUAS PROFUNDAS, EXEMPLO DA FORMAÇÃO CALUMBI, CAMPO CIDADE DE ARACAJU, BACIA DE SERGIPE-ALAGOAS"
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Orientador : FELIPE TORRES FIGUEIREDO
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Data: 30/01/2019
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Dissertação
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Depósitos sedimentares marinhos de águas fundas como leques submarinos e de correntes de turbidez constituem os mais abundantes e por isso importantes reservatórios de petróleo do mundo. Entretanto o fato de terem alto custo para extração e produção motivou a indústria a buscar análogos de reservatório de subsuperfície em afloramentos de rocha de fácil acesso, como forma de compreender entre outras características a distribuição de camadas porosas. Apesar disso a forma de abordagem deste tipo de estudo ainda é discutível, por que varia muito em cada trabalho, na busca pelo análogo ideal. Como forma de entender cada caso a presente contribuição ilustra em detalhe a abordagem de mais 100 artigos relacionados ao tema, discutindo sua concentração por tipo de bacia em cada contexto tectônico e se o foco do trabalho foi qualitativo ou quantitativo. Além disso destaca-se a importância de se estudar um exemplo real do campo Cidade de Aracaju (Formação Calumbi), da Bacia de Sergipe-Alagoas, como forma de contribuir para discussão sobre análogos de águas profundas.
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KAROLINE FERREIRA DA SILVA MECENAS
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"AS ROCHAS VULCÂNICAS DA ILHA SÃO JORGE, AÇORES (PORTUGAL): PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA"
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Orientador : ADRIANE MACHADO
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Data: 30/01/2019
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Dissertação
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A Ilha São Jorge faz parte do Grupo Central do Arquipélago dos Açores (Portugal), que está situado próximo à junção tríplice, entre as placas litosféricas Norte-Americana, Euro-Asiática e Africana, na região do Atlântico Norte. O vulcanismo nesta ilha é do tipo fissural, com a orientação preferencial WNW-ESE, o que revela a importância do controle tectônico durante a atividade vulcânica. O vulcanismo estudado é influenciado pela interação entre o Hotspotdos Açores e a Cordilheira Meso-Atlântica. A vulcanoestratigrafia da ilha é composta por três complexos vulcânicos denominados Topo (leste da ilha), Rosais (oeste da ilha) e Manadas (centro da ilha). Segundo Ribeiro (2011),a idade geocronológica mais antiga relatada para a Ilha São Jorge é 1,3 ± 0,0035 Ma (40Ar/39Ar). Com base emdados petrográficos, as rochas da ilha apresentam granulometria média a fina, texturas porfirítica, microporfirítica, glomeroporfirítica, intergranular, pilotaxítica, traquítica e intersertal. De acordo com dados geoquímicos, as rochas forma classificadas como basanitos (4,9-12,2% de olivina, 4,6-23,2% de augita, 5,4-8,3% de plagioclásio, 0-0,3% de minerais opacos e 59,2-81,9% de matriz), basaltos alcalinos (0,6-3,3% de olivina, 0-3,5% de augita, 6,3-17,5% de plagioclásio, 0-1,2% de kaersutita, 0-1,8% de minerais opacos e 79,2-88,2% de matriz) e hawaítos (0-5,6% de olivina, 0-3,2% de augita, 0-22,2% de plagioclásio, 0-1,1% de kaersutita, 0-1,6% de minerais opacos e 69-99,7% de matriz).A matriz apresenta composição mineralógica semelhante à composição dos fenocristais (olivina, augita, plagioclásio, kaersutita e minerais opacos), além de vidro vulcânico e vesículas com formas arredondadas e alongadas. Texturas de reabsorção, embainhamento, bordas de reação e zonação são feições comuns nos fenocristais das rochas estudadas e indicam que o magma sofreu descompressão rápida, com variação brusca de temperatura e pressão. Os padrões de elementos-traço mostram enriquecimento em LILE e HFSE em relação aos ETRP. Os padrões de ETR apresentam enriquecimento em ETRL em comparação aos ETRP, com anomalia negativa de Eu. Os padrões são similares, com trendssubparalelos, sugerem que as rochas foram geradas por baixas taxas de fusão parcial. As rochas apresentam afinidade alcalina sódica, sendo originadas a partir de um magma mantélico enriquecido. Os dados químicos são compatíveis com dados de magmas gerados em ambiente do tipo intraplaca oceânico (OIB).
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