Banca de QUALIFICAÇÃO: HERTALINE MENEZES DO NASCIMENTO
14/06/2012 14:52
ASSOCIAÇÃO ENTRE O RISCO CARDIOVASCULAR E ENDOTELINA-1 SÉRICA EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIA ISOLADA DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (DIGH) EM ITABAIANINHA, SERGIPE.
Palavras-Chave: DIGH, Risco cardiovascular, Endotelina-1.
Uma série de processos fisiológicos ligados a vários fatores de risco cardiovascular (por exemplo, massa gorda, massa magra, a sensibilidade à insulina, lipídios e metabolismo) são regulados pelo Hormônio do crescimento e seus efetores, como IGF-I. O aumento dos niveis séricos de endotelina-1( ET-1) vêm sendo associado a patogênese de diversas doenças cardiovasculares. No municipio de Itabaianinha, Sergipe há uma população homogênea com uma mutação monogênica no gene receptor do hormônio regulador do hormônio do crescimento (GHRH-R) (IVS1+ 1G→A) com deficiência isolada do hormônio do crescimento (DIGH) e níveis extremamente baixos de IGF-1. Apresentavam obesidade central, níveis elevados de pressão arterial sistólica e dislipidemia sugerindo nestes indivíduos um risco cardiovascular aumentado. Portanto, o objetivo deste trabalho é verificar se existe associação entre o risco cardiovascular evidenciado nesta população e a dosagem sérica de ET-1. A amostra é composta por 20 indivíduos do grupo com DIGH e 20 controles saudáveis pareados por idade. Estão sendo analisados: dados epidemiológicos, Duplex scan de carótidas para quantificação da espessura médio- intimal das carótidas e pesquisa de placa aterosclerótica, ecocardiograma e dosagem de ET-1 sérica. Os resultados encontrados até o momento demonstrou diferença estatisticamente significativa no diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (DDVE) (4,08 ± 0,45 e 4,6 ± 0,53; p= 0.0069) no índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) (72,07 ± 18,9 e 127,30 ± 39,05; p < 0.0001) e na Fração de ejeção (FE) (0,71 ± 0,05 e 0,76 ± 0,03; p=0.0031), contudo em relação às medidas da parede posterior do ventrículo esquerdo (PP) (0,67 ± 0,07 e 0,81 ± 0,12; p= 0.2085) e do septo interventricular (0,64 ± 0,11 e 0,83 ± 0,12; p= 0.0881) as diferenças não foram estatisticamente significativas. Não foram observadas alterações nas valvas cardíacas e no miocárdio em ambos os grupos. A análise comparativa da espessura médio-intimal das carótidas,entre as populações dos grupos DIGH vs grupo (CO) não demonstrou diferença significativa (0.723 ± 0.22mm e 0.6415 ± 0.13mm; p= 0,1396), não foi demonstrado aterosclerose prematura na população com DIGH. Esses dados preliminares sugerem, apesar do presumido risco cardiovascular da população com DIGH, não haver diferença significativa da função cardiovascular entre os grupos estudados.
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