Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO PEDRO CELESTINO DOS SANTOS
06/03/2024 16:15
O mundo do trabalho, historicamente, atravessa transformações constantes e condicionadas pela materialidade da vida, bem como pela necessidade da manutenção da reprodução e acumulação continuada do capital. O movimento produzido pelo capital desde o século XX – sobretudo em função das formas organizativas do trabalho – permitiu a estruturação da configuração atual do mundo do trabalho. Há, na atualidade, um processo acentuado de precarização, que também é histórico, e tem revelado mais explicitamente a exploração do sujeito trabalhador. A realidade está pautada no desemprego estrutural, no subemprego, na informalidade, no trabalho formal minado e na redução dos direitos básicos, além de uma morfologia do trabalho assentada na conformação de um processo de individuação dos sujeitos por meio da pejotização, do trabalho mediado pela internet, da uberização, da ideologia e prática do empreendedorismo que ganha espaço e é promovida pelas instituições privadas e pelo Estado Neoliberal. Esta prática, por sua vez, se espraia e assume uma posição importante, inclusive na reprodução do trabalho dos ofícios tradicionais, e em função da concreticidade deste fato, esta pesquisa visa analisar como a lógica e a prática empreendedora são articuladas no processo de reprodução do trabalho de ofícios tradicionais em Itabaiana, Sergipe, e sua relação com a precarização do trabalho. Destarte, percorre-se um caminho metodológico com fundamento qualitativo, pautado no levantamento e análise de bibliografia crítica sobre o mote em questão, bem como análise de fontes secundárias de órgãos oficias e empresas privadas, pesquisa de campo com realização de entrevistas semi-estruturadas para a compreensão da dimensão prática do fenômeno, e produção de material fotográfico como forma de produção de fonte sobre a materialidade do trabalho. Deste modo, espera-se que a pesquisa contemple a análise da conexão entre a produção e reprodução do espaço e as atividades dos ofícios tradicionais, trazendo à tona as contradições, os conflitos da manifestação desse fenômeno e a possibilidade de uma construção de um pensamento crítico e dasalienante.
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