Banca de DEFESA: ANA FLAVIA PEREIRA VENTURA
22/02/2024 17:36
Em decorrência do surgimento de novos fluxos migratórios, a temática dasmigrações tem sido amplamente debatida tanto no contexto acadêmico, quanto nasarenas políticas e fóruns internacionais de direitos humanos. Em consequênciadisso, adquire também relevância, atenção e espaço na cobertura midiática factual.Desta forma, discussões sobre fronteiras internacionais, movimentação de pessoas,desde a chegada até o processo de acolhimento e integração na sociedadebrasileira, vem sendo articuladas no âmbito da cobertura jornalística sobremigrações ao longo dos anos. Similarmente, o debate no contexto internacionalpassa a ser pautado também pelo surgimento de novos marcos e compromissosrelativos ao direito das pessoas refugiadas e migrantes. Isto se materializa naDeclaração de Nova York para Refugiados e Migrantes (2016), no Pacto Global daMigração Ordenada, Segura e Regular (2018) e no Pacto Global sobre Refugiados(2018). Estes documentos colocam em discussão a necessidade de adoção denovas estratégias para a cooperação internacional em matéria de migração e refúgioe tem como objetivo encontrar alternativas para lidar com os fenômenos damigração e do asilo de forma a criar condições para que as pessoas refugiadas emigrantes tenham maior autonomia nos seus processos migratórios. É nestecontexto que a pesquisa em tela toma como ponto de partida a seguinte pergunta:há variação no tratamento dispensado pela mídia brasileira à migração venezuelanaapós 2015? Por que? Desta forma, o objetivo central desta tese é compreendercomo se constroem as narrativas sobre o migrante e, em especial, como se dãoestas produções de sentido sobre o fenômeno da migração venezuelana no Brasilno âmbito da cobertura midiática brasileira no Instagram de 2015 a 2024. Para tanto,parte-se do conceito de hegemonia gramsciana, da perspectiva de Aníbal Quijanosobre colonialidade do poder e do saber, das teorias do discurso e dos debatessobre identidade, com ênfase nos recortes de raça e gênero para entender asrepresentações que a mídia produz sobre as pessoas refugiadas e migrantes.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f