Banca de DEFESA: JOSEFA CAETANO MARQUES
16/02/2024 09:08
A escrita, sobremaneira a partir do trabalho com gêneros, ocupa lugar fundamental no desenvolvimento de diferentes habilidades cognitivas, enunciativas e discursivas dos estudantes. Apesar de estar inserida no contexto social, os alunos ainda sentem muita dificuldade de registrar seus posicionamentos nessa modalidade e raramente reconhecem a reescrita como uma etapa indispensável para o clareamento das ideias e respectiva atribuição de sentido que desejam imprimir aos textos. A par dessa realidade e à luz de uma perspectiva processual, segundo a qual a escrita é uma atividade que se materializa em diferentes estágios, o presente trabalho toma a escrita processual como objeto de ensino, através de uma prática interacional que levou em consideração a ludicidade, a intervenção e a mediação do professor. Metodologicamente, foi desenvolvida uma Trilha Didática constituída de seis módulos de atividades de produção textual que incluíram, entre outras, o gênero notícia, o podcast para atividade de retextualização, um jogo – denominado Textícia – e as práticas de revisões e reescritas de textos, os quais foram publicados em uma revista artesanal, o Fanzine. Tais ações foram aplicadas junto a uma turma do 8º ano da Escola Municipal José Osete de Carvalho, Cardeal da Silva/BA, e culminaram na produção de um Caderno Pedagógico com orientações técnicas para eventual replicação em outras séries e/ou espaços escolares. Em termos teóricos, foram considerados, entre outros, autores como Almeida (2009), Berto e Greggio (2021), Costa Val (2009), Marcuschi (2010), Passarelli (2001, 2011, 2012) e Silva (2015, 2018, 2019), cujas reflexões endossaram uma perspectiva de ensino centrada no florescimento da autonomia dos discentes. A análise registrou o êxito dos alunos diante das atividades propostas, notadamente potencializadas pelo lúdico inerente ao jogo Textícia, que fomentou o interesse pela escrita, compreendida sob uma abordagem processual e, por isso mesmo, trabalhada em etapas, do planejamento à reescrita. Tal condição foi vivida e sentida pelos estudantes, que tiveram melhorias visíveis nas versões dos textos que produziram e, por extensão, defenderam, em evento realizado no âmbito escolar, a importância de um trabalho dessa natureza, endossando a ideia de que escrever é algo que se aprende praticando um passo a passo.
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