Banca de DEFESA: IVAN PAULO SILVEIRA SANTOS
15/02/2024 16:01
A partir da publicação da obra inaugural de Manoel Bomfim, iniciou-se uma reação veemente de seu conterrâneo Sílvio Romero. O destacado intelectual logo foi às páginas dos jornais discorrer toda sua verve em oposição aos argumentos apresentados por Bomfim. Em síntese, o médico defendia a superação dos princípios, sobretudo, no que tange às concepções de superioridade racial. Contudo, apesar das diferenças, ambos autores possuíam o mesmo objetivo de tornar o Brasil uma nação civilizada, diferenciando-se os meios de se chegar àquele fim. Na prática, o debate entre os autores representou uma síntese da conjuntura da contemporaneidade de ambos. Em plano externo, a expansão imperialista europeia, muito justificada justamente pela concepção de superioridade racial daquela população, e, no plano interno, a transição do Brasil para outra realidade. Nesse novo momento, embora mudanças estruturais importantes ocorressem, controversamente reafirmava-se o setor agroexportador brasileiro, que significativamente assumiu uma posição favorável ao discurso racial hegemônico, a fim de resguardar seus interesses. Daí, Romero e Bomfim tanto refletiram quanto se posicionaram a respeito deste momento particular da trajetória histórica e social brasileira.
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