Banca de DEFESA: GIRLEIDE DE JESUS SANTOS
05/02/2024 11:45
A presente pesquisa se propôs a analisar as determinações e contradições do trabalho do assistente social no terceiro setor, especificamente aquelas voltadas para o atendimento de pessoas com câncer: adultos, crianças e adolescentes, no Estado de Sergipe. A investigação foi orientada pelo materialismo histórico-dialético e buscou a compreensão do objeto de estudo através da análise sócio-histórica considerando a conjuntura neoliberal e sua atualização, o chamado ultraneoliberalismo, bem como suas consequências para a sociedade, tendo em vista a transferência das responsabilidades do Estado para o Terceiro Setor. Assim, a pesquisa efetivou-se por meio da abordagem quali-quantitativa que tem como percurso metodológico o desvelamento da história e o tratamento das informações da realidade social sob a fundamentação da teoria, buscando desvelar as mediações, contradições inerentes à sociedade capitalista. Para tanto, foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e documental que permitiram a consulta a diferentes fontes, como relatórios de estágio arquivados no DSS/UFS e Repositório online da UNIT, revisões sistemáticas da bibliografia, realizadas no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e no Google Acadêmico; bem como documentos de uma das instituições. Pontua-se que, nesse contexto é preconizado o poder autorregulador das forças capitalistas para restabelecer o ajuste entre oferta e demanda de trabalho; e também, avesso à intervenção do estado no Plano econômico e social, sendo este caracterizado como um Estado mínimo, excludente, sucateado e que não prioriza as políticas sociais, estas que tem se tornado cada vez mais fragmentadas e compensatórias, tendo em vista a valorização da iniciativa privada. Esses fatores implicam tanto no campo de formação, quanto no exercício profissional do Assistente Social, visto que, constitui-se uma relação contraditória, enquanto profissional inserido na divisão social e técnica do trabalho, sendo impostas respostas imediatas, estas que, na maioria das vezes, são restritas a percepção instrumental e superficial, desprezando a totalidade da realidade. Trata-se, portanto, de uma conjuntura permeada por desafios, onde o(a) Assistente Social concretiza sua intervenção frente às expressões da questão social, no processo complexo das mudanças societárias que incidem sobre o cotidiano das instituições e sobre os projetos profissionais.
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