Banca de DEFESA: RAQUEL FERREIRA DA SILVEIRA
02/02/2024 07:55
A presente pesquisa tem como objetivo propor reflexões acerca das adaptações do conto de fadas Cinderela e Cinderela Surda a partir do debate sobre intermedialidade e visuoleitor, a fim de atualizar os sentidos dessas transcrições. A Cinderela Surda significa uma representação de empoderamento da identidade surda e reforça a visibilidade da Língua Brasileira de Sinais – Libras e a sua cultura surda. Nas versões clássicas, as cinderelas são ouvintes e perdem um dos seus sapatinhos. Mas, na versão surda, ela esquece uma das luvas, que é encontrada pelo príncipe surdo, construindo um novo referencial identitário para os leitores surdos. Usou-se como embasamento teórico abordagens relacionadas à literatura surda desenvolvida por surdos e ouvintes. Entre eles, destaca-se a proposta de Claudio Mourão sobre o poder das mãos na construção da literatura surda e a especificidade do visuoleitor; as discussões metodológicas de Rachel Sutton-Spencer sobre a importância da intermidialidade na produção da literatura surda atual; as sugestões pedagógicas de Lodenir Karnopp sobre os processos de adaptações para o ensino de literatura surda. Quanto à questão da adaptação e da transcriação, serão retomados os debates propostos por Linda Hutcheon e Haroldo de Campos, respectivamente. Cada versão é sempre um diálogo entre autores, leitores e visuoleitores, uma vez que em todos eles ficam vestígios concretos na própria criação e adaptação. Por fim, pretende-se transcriar uma nova Cinderela Surda Contemporânea a partir da intermidialidade para privilegiar o imaginário do visuoleitor nesta nova versão.
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