Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO LUIZ SANTANA BRAZIL
30/01/2024 15:00
O clima urbano e o racismo ambiental decorrem da complexidade no processo de transformação do espaço, crescentemente ameaçado, e significativamente afetado por agravos socioambientais, cuja gênese é atribuída às alterações em escala local, relevando diversidade, intensidade e impactos entre os espaços e sobre indivíduos de classe e raça. E assim, justifica-se a pesquisa entre duas cidades costeiras, Aracaju/SE e Natal/RN, Nordeste do Brasil, susceptíveis a similaridades e adversidades. O objetivo geral da pesquisa é analisar o racismo ambiental no viés do clima urbano, associado aos riscos climáticos e vulnerabilidade socioambiental em sua dinâmica atmosférica. Para tal, serão desenvolvidas ações específicas: Identificar a gênese e os sistemas produtores do tempo e do clima; Investigar a estrutura da variabilidade mensal, sazonal e interanual da precipitação pluvial no período de 2000 a 2018 em escala climática local, combinando com a circulação regional atmosférica; Detectar espaços suscetíveis e períodos de ocorrências de extremos pluviométricos segundo o contexto climático urbano e a dinâmica dos sistemas sociais e naturais das cidades estudadas; Caracterizar os espaços urbanos desiguais no modo de produção capitalista, delineando as populações vulneráveis; Analisar os perfis sociodemográficos e econômicos dos espaços que culminam na construção do racismo ambiental nas cidades de Aracaju/SE e Natal/RN. A metodologia apresenta conjunto de procedimentos, atributos qualitativos e quantitativos, sendo a chuva o principal componente atmosférico, organizados nas dimensões técnicas, cartográficas e em modelos estatísticos, formação histórica e social, elaboração do perfil socioeconômico e de vulnerabilidade. Os resultados já obtidos em relação a variabilidade da chuva para as duas cidades apresentaram tendência de diminuição da precipitação no acumulado anual, segundo o teste de Mann-Kendall. Por sua vez, os resultados esperados ao final da tese é demonstrar que o racismo ambiental pode ter sua gênese atribuída às alterações do clima local pela urbanização que ocorre na cidade de forma desigual redefinindo as relações centro-periferia e os riscos climáticos que impactam indivíduos de classe e raça em diferente intensidade.
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