Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILDETE FERREIRA DA SILVA
DATA: 21/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Via remota(videoconferência)
TÍTULO: QUEBRANDO O SILÊNCIO: Um estudo acerca das mulheres negras docentes do curso de Serviço Social na Universidade Federal de Alagoas
PALAVRAS-CHAVES: Mulheres Negras. Raça e etnia. Serviço Social. Professoras Negras. Universidade.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

As desigualdades entre os sexos são anteriores a sociedade capitalista, é nela que outros sentidos e funcionalidades são adquiridos, como opressão/dominação de um sexo sobre o outro. Quando abordamos sobre a mulher negra, essa relação fica mais evidente e os direitos mais aviltados. Essa exploração, dominação e opressão tanto referenda o processo de escravização da população negra como atinge mais violenta as relações de gênero. Dito isto, a presente pesquisa teve seu despertar a partir da compreensão de como é formada a estrutura da Universidade e sua composição a partir da divisão social, racial e sexual do trabalho, partindo da minha trajetória de vida enquanto mulher negra e também neta de uma mulher negra trabalhadora dos serviços gerais da Universidade Federal de Alagoas- UFAL, onde ao adentrar no mundo da universidade me deparei com essa divisão a qual determina o padrão social para assumir definidas funções. Assim, esta dissertação tem como objetivo principal desvelar os racismos nas trajetórias das mulheres negras docentes do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas(UFAL), dar voz ao gritante som do racismo que ecoa e embranquece o espaço acadêmico. O estudo traçou como objetivos específicos, pesquisar o modo de reprodução social patriarcal, em que historicamente delimita o papel das mulheres, naturalizando e fortalecendo as desigualdades de gênero e como elas se entrelaçam com o racismo; compreender os processos profissionais e políticos das professoras negras da Universidade Federal de Alagoas do curso de Serviço Social, a partir de suas origens; analisar as experiências das mulheres na universidade para perceber quais os impactos tanto na vida pessoal quanto na vida profissional ao tornar-se docente universitária. A fim de nortear o estudo, algumas questões foram consideradas: Como estas mulheres administram as múltiplas jornadas de trabalho? Como ocorrem as relações de poder e a divisão de papéis dentro de casa? Como ocorrem as relações de poder dentro da universidade? Quais os desafios de ser mulher docente e negra na universidade? A pesquisa, de natureza quali-quantitativa, foi direcionada às mulheres negras docentes do Curso de ServiçoSocial da UFAL, cuja coleta de dados contou com aplicação de roteiro de entrevista semiestruturado. O materialismo histórico dialético compreendeu método adotado para as análises acerca da formação sócio-histórica da sociedade brasileira e as particularidades da realidade de Alagoas no Curso de Serviço Social da UFAL.Também, as epistemologias feministas com ênfase nos estudos de pensadoras negras, fundamentaram as análises em relação às desigualdades de gênero e de raça, de modo a embasar a compreensão sobre as desigualdades que legitimam e são legitimadas por processos de dominação, expressos em modos de subordinação e inferiorização das mulheres negras, cujo os acessos em espaços de alto escalão social são segregados.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1705811 - CATARINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MARIA ELAENE RODRIGUES ALVES
Interno - 3307484 - NELMIRES FERREIRA DA SILVA
Interno - 1702454 - VERA NUBIA SANTOS