Banca de QUALIFICAÇÃO: MARQUES NATAN DOS SANTOS ANDRADE
20/10/2023 00:20
Essa proposta surge a partir de uma cena-manifesto, abrindo espaço para a criação de uma trama conceitual-metodológica que tensione a ‘natureza’ das práticas psi em suas perspectivas individualizantes, as quais participam da privatização e governo das emoções submetendo-as à questão psicológica/individual. Fazendo oposição a uma noção (incorporada) de raiva como comportamento, sentimento, emoção psicológica, bioquímica, esta pesquisa constrói indagações acerca de discursividades que versam sobre a raiva e modulam a forma como a experimentamos. Escrever sobre/com/por raiva por si só já é trair o que ensinaram e como nos constituímos; já é diferir de si numa aposta em fazer contato com isso que foi ou deveria ser rejeitado, excluído, contido, embotado. Para dar corpo e língua à raiva, criou-se uma trama estético-política pela escrita de crônicas, permitindo pesquisar a raiva como emoção vital, cartografando os afectos assim por dizer. Acrescente-se a esse percurso, mais um ingrediente: a cena-manifesto e a raiva explodem configurações de si gendradas. E se a raiva pudesse ser a força na nossa indignação/indagação, o verme que perturbaria espaços pacificados, o monstro em nossos corpos generificados? E se esse afecto nos fizesse não mais sustentar o absurdo? Pode a raiva ser esse ponto de tensão, virada e possibilidade de criar outros mundos?
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