Banca de DEFESA: CLÁUDIO GOMES DE SÁ JÚNIOR
17/10/2023 09:26
Entende-se hoje que as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queer, Intersexos, Assexuais e todas as outras identidades sexuais e de gêneros (LGBTQIA+) tiveram, ao longo da história ocidental, suas identidades e humanidades negadas, silenciadas, vigiadas e punidas por um conjunto de mecanismos de poder criados e reproduzidos por instituições, tais como as religiões do livro sagrado, a medicina, a família e a própria historiografia. Esta lógica opressora afetou, estruturalmente, as relações e mentalidades sociais que, consequentemente, afetam o Estado e os seus aparelhos, entre eles, a Escola. No século XX, as escolas brasileiras, por necessidade e não por vontade, incluem em seus currículos a educação sexual, porém, consiste em uma educação sexual higienista que trata as sexualidades apenas pelo viés biológico, omitindo as identidades e produzindo desigualdades. No atual século, com a chegada de Lula ao governo federal, o Estado reconhece a existência da homofobia nas escolas, cria políticas públicas para a formação continuada de profissionais da educação, que foi de suma importância. Contudo, esta medida ainda é insuficiente para as demandas deste grupo social, de forma que abre a prerrogativa para que pesquisadoras/es das licenciaturas possam associar os seus estudos às práticas no ensino. A partir disso, os documentos curriculares incluem, enquanto objetivo da escola, a formação para a cidadania e o respeito às pluralidades humanas. Nessa perspectiva, esta pesquisa entende que o ensino e as/os professoras/es de História possuem grande potencialidade na transformação de realidades, embora haja entraves que dificultam o trabalho transdisciplinar desta ciência com a temática da homossexualidade, seja por falta de formação e/ou por não ter acesso às ferramentas pedagógicas que façam este enlace. Assim, por meio desse pressuposto, essa dissertação apresenta uma sequência didática que discute a homossexualidade no ensino de História do terceiro ano médio do Colégio Estadual Reis Magalhães, da cidade de Glória-BA, e que pode ser usado como referência para profissionais que almejam tal debate.
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