Banca de DEFESA: JORDANA RABELO DE MENEZES
17/08/2023 17:13
A subordinação da mulher é uma realidade no modo de produção capitalista que utiliza do patriarcado para manutençao de uma estrutura de poder, fundamentada na desigualdade social e na dominação do homem sobre a mulher. A divisão sexual do trabalho, a economia doméstica organizada, opressão dos trabalhadores e, principalmente da mulher, são condições para a exploração da força de trabalho. A emancipação plena feminina e a liberdade efetiva se encontram dentro do movimento da contradição do capital diante de uma realidade que aponta conflitos e disputas que impõem mudanças nas relações sociais. Diante dessa realidade, o presente trabalho objetivou analisar a atuação das lideranças femininas no Território de Identidade Semiárido Nordeste II, considerando a influência que exercem sobre as decisões tomadas, assim como, o papel que representam nas instâncias deliberativas e sua função no âmbito do trabalho doméstico. Os cargos de lideranças femininas exercidos nos conselhos e colegiados da política territorial se apresentam como uma situação controversa a partir do momento em que as mulheres disputam os espaços, tradicionalmente, ocupados por homens. Para esta análise foi primordial estudar a realidade em sua totalidade a partir do método materialismo histórico dialético, que permite interpretar a realidade em sua essência e contradições inerentes à sociedade capitalista. Relações tradicionais como o patriarcado são preservadas, incorporando o trabalho das mulheres no âmbito da produção capitalista de modo marginal e ainda mais explorado. A análise empírica da realidade estudada foi centrada na configuração do Território de Identidade Semiárido Nordeste II, com foco no Colegiado Territorial de Desenvolvimento Sustentável (CODETER) que é um espaço de planejamento de programas e projetos que integram 108 pessoas das quais 35 são mulheres. A pesquisa revelou que a busca por posições de liderança pelas mulheres enfrenta barreiras enraizadas nas estruturas de poder. A atuação das mulheres líderes na política de Desenvolvimento do Território está profundamente ligada à sua posição dentro de uma estrutura de poder e dominação em que o homem exerce papel prepoderante. Para que as mudanças ocorram e seja promovida a igualdade, é necessária a luta constante pela emancipação das mulheres e pela superação da sociedade capitalista patriarcal.
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