Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS THAILAN DE JESUS SANTOS
16/08/2023 09:50
A esquistossomose mansônica é uma doença tropical negligenciada que atinge milhões de pessoas nos continentes africano, asiático e americano. Ela é causada pelo platelminto Schistosoma mansoni que necessita de ambientes aquáticos com a presença de moluscos do gênero Biomphalaria suscetíveis para completar seu ciclo de vida. Essa necessidade intrínseca do ambiente aquático na busca do hospedeiro intermediário e definitivo tem sido o alvo do monitoramento ambiental da doença, que no Brasil é de responsabilidade do Programa de Controle da Esquistossomose. O controle ambiental da doença é principalmente realizado através de ações de captura e fotoestimulação de caramujos visando a eliminação de cercárias para a confirmação da infecção, porém este método empregado na rotina é reconhecidamente falho para detecção do parasito. Observando este problema, o objetivo do trabalho é avaliar o uso de métodos moleculares para o monitoramento ambiental da esquistossomose por meio da detecção de DNA do parasito no hospedeiro intermediário e no ambiente de áreas endêmicas do estado de Sergipe, estado com maior prevalência para a doença no país. Para isso, serão coletados caramujos e água retirados de coleções hídricas de três municípios do estado com prevalência alta, média e moderada. Os caramujos serão identificados molecularmente com uso da técnica PCR-RFLP, sendo a infecção avaliada com o uso da amplificação isotérmica mediada por loop (LAMP), além da infecção do molusco, será avaliado o potencial da pesquisa de DNA ambiental de S. mansoni na água das coleções hídricas de onde vieram os moluscos. As técnicas estão sendo padronizadas no Laboratório de Entomologia e Parasitologia Tropical (LEPaT) da Universidade Federal de Sergipe para serem usadas em breve com amostras de campo desses municípios.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f