Banca de QUALIFICAÇÃO: GLEIDE SANTOS PÁDUA CAETANO
11/08/2023 07:59
Introdução: Os pontos gatilhos miofasciais foram identificados como sendo fonte primária de disfunções musculoesquelética. Embora muitos estudos sobre os pontos gatilhos foram publicados, pouco se investiga acerca dos pontos gatilhos latentes e seus possíveis impactos, mesmo sendo comumente encontrados no tecido muscular. Os músculos isquiotibiais desempenham papel importante em atividades rotineiras, e o déficit de extensibilidade e força desse grupo muscular pode desencadear prejuízos sobre essas atividades como também da prática esportiva. O uso de técnicas complementares de baixo custo, fácil manuseio e poucos eventos adversos, como o agulhamento a seco são indicadas para resolução desses pontos gatilhos. Objetivos: Avaliar os efeitos agudos do agulhamento a seco nos músculos isquiotibiais sobre o limiar de dor por pressão, flexibilidade e força muscular em indivíduos saudáveis. Métodos: Trata-se de estudo comparativo experimental realizado na UFS – Lagarto com indivíduos saudáveis acima de 18 anos, que nunca receberam tratamento com uso de agulhamento. A pesquisa foi composta por dois grupos, utilizando o dispositivo de agulhamento real e um placebo sobre os pontos gatilhos nos músculos isquiotibiais. Foram avaliados o limiar de dor por pressão, flexibilidade e força muscular antes e após a intervenção. Na análise estatística foi utilizado o programa SPSS versão 20.0. Utilizadas medidas de tendência central, média e desvio padrão, e considerado resultado estatisticamente significante quando um p<0,05. Para verificação de normalidade utilizado o teste de Kolmogorov Sminorv. Nas variáveis analisadas intergrupo utilizado o teste de Mann-Whitney. Na análise intragrupos utilizou-se o teste de Wilcoxon. Resultados: Para as variáveis limiar de dor por pressão e força muscular não foram observadas diferenças estatísticas antes e após a intervenção nas análises intra e intergrupos. Para a variável flexibilidade foi observado um aumento para o grupo agulhamento após a intervenção, com diferença estatística significativa (p=0,023). Conclusão: O agulhamento a seco não apresentou superioridade sobre a técnica placebo nas variáveis limiar de dor por pressão e força muscular. Enquanto que na flexibilidade houve um aumento após a intervenção.
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