Banca de QUALIFICAÇÃO: CLÁUDIO GOMES DE SÁ JÚNIOR
07/08/2023 12:58
É possível inserir no plano de aula de História temas transversais contemporâneos como a homossexualidade? Entende-se hoje que as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queer, Intersexos, Assexuais e todas as outras identidades sexuais e de gêneros (LGBTQIA+) tiveram, ao longo da história ocidental, suas identidades e humanidade negadas, silenciadas, vigiadas e punidas por um conjunto de mecanismos de poder criados e reproduzidos por instituições, tais como, as religiões do livro sagrado, a medicina, a família e a própria historiografia. Esta lógica opressora afetou, estruturalmente, as relações e mentalidades sociais que consequentemente afetará o Estado e seus aparelhos entre eles, a Escola. No século XX as escolas brasileiras, por necessidade e não por vontade, incluem em seus currículos a educação sexual, porém uma educação sexual higienista que tratará a sexualidades apenas pelo viés biológico omitindo as identidades e produzindo desigualdades. No atual século, com a chegada de Lula ao governo federal, o Estado reconhece a existência da homofobia nas escolas cria políticas públicas para a formação continuada de profissionais da educação que foi de suma importância, porém insuficiente para as demandas deste grupo social, fato é que se abre a prerrogativa para que pesquisadoras/es das licenciaturas possam associar seus estudos as práticas no ensino. A partir de então os documentos curriculares incluem, enquanto missão da escola, a formação para a cidadania e o respeito as pluralidades humanas. Está pesquisa entende que o ensino e as/os professoras/es de História têm grande potencialidade na transformação de realidades, no entanto, não conseguem trabalhar de forma paralela as sexualidades e identidades de gêneros, dentre outros motivos, por falta de formação continuada e ferramentas pedagógicas. Entendendo esta necessidade que pensai na criação de um produto pedagógico que tem por objetivo central trazer sequencias didáticas que (des)enlacem homossexualidades e ensino de História fazendo com que a resposta da problemática mostra no início deste resumo seja um sim.
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