Banca de DEFESA: MERCIA SANTOS CARDOSO
07/08/2023 11:32
O nascimento das fábricas modificou a sociedade, transformando as relações sociais, os hábitos e, consequentemente, o cotidiano. O processo da industrialização criou o ambiente fabril e, com isso, surgiu uma nova forma de trabalho, onde as pessoas tornaram-se operários assalariados, dispondo de longas horas do seu tempo diário para o trabalho fabril. Neste sentido, os horários restritos, bem como as longas jornadas de trabalho, compunham um cotidiano em que o maior tempo de vida diária transcorria dentro das paredes das fábricas. No Brasil, a industrialização nos moldes do sistema de fábrica ganhou força durante os primeiros anos da república. Em Sergipe, as fábricas têxteis desempenharam um papel fundamental para o desenvolvimento econômico do estado, proporcionando mudanças sociais, políticas e culturais. Assim, a presente pesquisa procura entender aspectos do cotidiano do operariado têxtil de Neópolis durante 1946-1955. Para conhecer esses operários, foram utilizadas reclamações trabalhistas movidas contra a Peixoto, Gonçalves & Cia, além de documentos produzidos pelos operários relatando suas insatisfações com a Empresa Têxtil (ambas as fábricas fundadas em 1906). As fontes utilizadas procedem do Arquivo do Geral do Judiciário de Sergipe (AGJSE). Para compreender essas relações, o referencial teórico desta pesquisa fundamenta-se no conceito de disciplinarização, proposto por Michel Foucault, objetivando compreender o processo de disciplinarização no cotidiano dos operários têxteis de Neópolis.
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