Banca de QUALIFICAÇÃO: MARÇAL LUKAS MARTINS PRATA
03/08/2023 09:24
As zonas costeiras arenosas se destacam por serem áreas especialmente frágeis do ponto de vista geomorfológico, suas feições e ambientes, tais como praias, dunas, terraços marinhos, manguezais, dentre outros, compõem fácies geossistêmicos que possuem especificidades e devem ser cuidadosamente manejadas onde existe exploração de recursos para fins econômicos. Além disso, essas áreas são ocupadas pelas sociedades humanas. Essas interações são responsáveis pelo surgimento de problemas ambientais, muitas vezes resultantes da ausência de uma avaliação minuciosa das potencialidades e limitações dos elementos da paisagem. Dentro desse cenário, temos a Planície Costeira do Litoral Sul de Sergipe, que inclui campos dunares compostos por dunas móveis, semifixas e fixas, dos tipos primárias e secundárias. Estas unidades de paisagem são um destaque cênico no litoral sergipano, além disso cumprem funções geoambientais. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o campo de dunas holocênicas e os geocondicionantes determinantes da morfogênese e morfodinâmica dos ambientes eólicos da planície costeira do Litoral Sul de Sergipe. Para alcançar tal objetivo, foi adotada a concepção sistêmica aliada à Analise Integrada da Paisagem (Bertrand, 2004). A metodologia abrange as seguintes etapas: pesquisa bibliográfica sobre as temáticas, trabalhos de campo, coleta de amostras de sedimentos, análise laboratorial, interpretação de imagens de satélite e fotografias aéreas, utilização de ferramentas SIGs. O trabalho de campo realizado em 23/11/2022, teve como intuito observar a distribuição e características das feições dunares, aspectos do uso e ocupação da terra, e processos costeiros deste recorte espacial. Foram realizadas comparações cronológicas da evolução do campo dunar com base em material de sensoriamento remoto, que inclui fotografias áreas dos anos 1973, 1984 e 2004 e imagens de satélite de 2022. Esta análise evidenciou que o campo dunar está em migração em direção ao interior do continente, permitindo a formação de dois cordões dunares independentes, um de dunas frontais e outro composto por dunas secundárias.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação/UFS | Telefonista/UFS (79)3194-6600 | Copyright © 2009-2024 - UFRN v3.5.16 -r19150-8b2e1ce06f